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Big Band da Nazaré & Special Guests esgotaram CCC no Dia Internacional do Jazz

Mariana Martinho

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No Dia Internacional do Jazz, a Big Band do Município da Nazaré voltou a marcar presença no palco do CCC das Caldas da Rainha, ao esgotar todas as cadeiras da principal sala de espetáculos. Os 18 músicos, entre eles cinco saxofones, cinco trompetes, quatro trombones, piano, guitarra, baixo, bateria e vozes, dirigidos pelo maestro Adelino Mota, interpretaram temas do último cd da banda, intitulado “Special Guests”, roubando muitos sorrisos e uma valente salva de palmas dos espetadores que estiveram presentes.

“Special Guests” é como se designa o novo cd da banda, em que juntam as vozes doces e harmoniosas de Lúcia Moniz e Mariana Norton, bem como o tubista Sérgio Carolino, o pianista Daniel Bernardes e o trombista Rúben da Luz.

Num concerto que começou com o tema “La Pesca Del Atun”, interpretado pelo pianista e compositor Daniel Bernardes, seguiu-se a voz doce da cantora residente da banda, Júlia Valentim, para interpretar os temas “Orange Colored Sky” e “I´m Gonna Live Till I Die”, clássico pertence ao artista americano Frank Sinatra. Além disso, não podiam faltar os clássicos temas (Milestones e Joshua) compostos por um dos mais influentes músicos do século XX, Miles Davis, que foram interpretados por Rúben da Luz.

Após o arranque com estes três temas, Adelino Mota dedicou um “momento mais calmo, a um tema especial”, “Song for Katrina”, naquele que foi o momento mais emocionante do concerto, ao compositor e pianista de jazz, Alonzo Levister, de 90 anos, presente no espetáculo e que celebrou o aniversário da sua esposa.

O concerto ia a meio quando a sala foi ao rubro, assim que a cantora e atriz portuguesa Mariana Norton assumiu o controlo do microfone. Além do tema “Fascinating Rhythm” (Ella Fitzgerald), a convidada em palco também deu voz a outro tema – “Angel Eyes”.

O público também não poupou os aplausos a Mariana Norton, que se juntou à banda por convite da outra artista convidada, Lúcia Moniz, e pelo desejo de conjugar a sua voz com os instrumentos.

“Foi um concerto um bocado esporádico em que participámos as duas com o Adelino e de repente foi uma bola de neve, fomos convidadas a vir gravar o cd e nasceu esta coisa muito natural com esta ligação espetacular com a Big Band”, explicou a atriz, acrescentando que este novo projeto é “feito de amor, sem grandes pretensões”, em que o trabalho é feito por músicos não profissionais.

Juntamente com a banda também atuou a cantora e atriz Lúcia Moniz, brindando os espectadores com a interpretação de duas músicas muito aplaudidas, “I can’t give you anything but love” e “Cheek to cheek”. Para esta artista, à semelhança de outros anos, este “é um desafio que levo muito a sério mas tenho sempre em conta as minhas capacidades”.

Lúcia Moniz integra este projeto há mais de um ano e termina cada concerto com vontade de repetir a dose. “Tudo começou com uma brincadeira, que mais tarde deu origem a um convite oficial”, explicou a atriz, que admitiu que foi um pretexto para poder cantar em parceria com Mariana Norton. “Tínhamos muita vontade de partilhar música e de arranjar pretexto para cantarmos juntas, por isso convidei-a”, disse Lúcia Moniz, adiantando que “foi um reencontro com um encontro”.

A artista confessou durante o concerto que “estou mais habituada a ouvir do que a cantar jazz”, no entanto, é um estilo de música que está habituada a ouvir desde miúda e sempre sonhou em cantar. Para Lúcia Moniz, este projeto é quase como “fazer um jantar em casa, em que gostamos de partilhar os cozinhados e pôr a conversa em dia com os amigos, e desta vez traduziu-se em música e no palco com público”.

De Alcobaça veio o tubista Sérgio Carolino, que em parceria com a banda interpretaram o tema “Lili’s Funk”, juntando os sons da tuba com os da banda. Com um concerto a bater de perto uma hora e meia de duração e sala cheia mais uma vez, a Big Band do Município da Nazaré & Special Guests, despediu-se com o tema “Too darn hot”, na voz da cantora residente Júlia Valentim, deixando o público rendido e a aplaudir de pé a chamar por eles.

A vocalista decidiu ainda homenagear o maestro, afirmando que “dezassete anos de banda só é possível graças à paixão que o mentor, Avelino Mota tem pelo palco e pela banda”.

No final do concerto o público juntou-se no foyer do CCC para fazer um brinde em honra do Dia Internacional do Jazz, aproveitando ainda para pedir um autógrafo aos artistas.

Adelino Mota, que já várias vezes tocou no palco do CCC, disse que este este projeto consiste na “continuação do trabalho que temos vindo a desenvolver na Big Band”. Assim, a banda formada há cerca de dezassete anos, conta com quatro álbuns editados, sendo este o quinto.

“O facto de convidar artistas para fazer parte dos cd’s, em parceria com a banda dá-nos uma cor diferente do que se fosse totalmente gravado por nós”, explicou o maestro, adiantando que é uma forma de estimular a própria Big Band a evoluir.

Este último álbum “Special Guests”, gravado em janeiro deste ano no CCC, tem o objetivo de conjugar o tradicional com o moderno, em que as músicas apresentam arranjos. “Apesar de ter temas instrumentais standard do jazz, cruza as diversas cores com os diferentes timbres de vozes dos músicos, que são pessoas fantásticas e vozes espetaculares, em busca de novas sonoridades”, disse Adelino Mota, que destacou ainda que procura “conseguir manter o grupo unido e com a ambição para fazer cada vez melhor”.

Estes convidados, que foram escolhidos pelo seu percurso musical e pela relação de amizade, “dão cor e animo aos temas que interpretam”, dando origem na sua opinião “ ao nosso melhor disco em termos de qualidade técnica e de dificuldade musical, sendo um disco de carácter profissional, que felizmente teve muito boa aceitação”.

O maestro destacou no final que “foi uma noite muito agradável para a banda”, que agora soma cinco cd’s e centenas de concertos.

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