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Tratamento com quimioterapia no Hospital das Caldas foi suspenso

Francisco Gomes/Marlene Sousa

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O relatório da inspeção do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) identificou “não conformidades” no funcionamento da administração de citotóxicos (quimioterapia) no Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), o que levou o Conselho de Administração a suspender o funcionamento do serviço.

Os doentes em tratamento com quimioterapia no Hospital das Caldas estão a ser encaminhados para o Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Torres Vedras.

O Conselho de Administração do CHO recebeu, no passado dia 15, o relatório da inspeção do Infarmed realizada aos serviços farmacêuticos. Este relatório identificou “não conformidades” no seu funcionamento, impondo a suspensão imediata da administração de quimioterapia.

Na sequência desta ocorrência, o Conselho de Administração deu cumprimento à imposição do Infarmed, suspendendo de imediato a preparação e a administração de citotóxicos no Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Caldas da Rainha, reorganizando o circuito terapêutico, com rigor e segurança, para os doentes em tratamento com quimioterapia.

“Assim, e por forma a garantir a continuidade dos tratamentos destes doentes, agilizou-se o seu encaminhamento para o Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Torres Vedras, assegurando o transporte destes doentes entre as unidades hospitalares do CHO”, esclareceu ao JORNAL DAS CALDAS o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas do CHO.

Todos os doentes do Hospital de Dia de Oncologia da Unidade de Caldas da Rainha que não necessitem de quimioterapia continuam a ser tratados neste serviço.

O Conselho de Administração do CHO disse que “está a estudar soluções para que estas não conformidades sejam resolvidas”.

Doentes indignados

Luís Abrantes, filho de uma doente oncológica, relatou ao JORNAL DAS CALDAS a sua “indignação” e a de outros doentes, por estarem os utentes a ser enviados para Torres Vedras para fazerem “os tratamentos dolorosos e extremamente cansativos”.

“É fazer mal aos utentes de oncologia que já sofrem com os tratamentos de quimioterapia a que estão sujeitos. Fazem viagens desgastantes. É triste que em vez de se melhorarem as condições destes mesmos doentes se tomem estas opções sem se quer consultar ou informar quem quer que seja”, lamentou.

“Não só irmos para Torres Vedras mas também deixar enfermeiros e médicos a que já estávamos habituados por tão bem nos tratarem”, indicou, reclamando que se voltem a fazer os tratamentos oncológicos nas Caldas da Rainha.

Deputados pedem reunião de urgência

Na última reunião da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha foi aprovada por unanimidade, após proposta apresentada por Manuel Nunes, do PS, uma moção que pede com urgência um encontro com o conselho de administração do CHO sobre este assunto.

Num documento também enviado ao ministro da saúde e ao presidente da administração regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, é relatado que o hospital das Caldas “foi visitado por uma delegação inspetiva do Infarmed que colocou em causa a qualidade do espaço de tratamento dos doentes oncológicos, por falta de condições, encerrando-o”.

“Este serviço tem vindo ao longo dos anos a cumprir, independentemente de se reconhecer a sua debilidade”, refere, fazendo notar a relevância do serviço no tratamento dos doentes. “Com a tomada de posse dos novos administradores [do CHO], gerou-se um sentimento de esperança de que os serviços, no geral, seriam agora melhorados, resolvendo um conjunto de constrangimentos. Os autarcas exigem respostas prontas, para que de imediato se iniciem as obras necessárias a ultrapassar as dificuldades logísticas há muito identificadas”, lê-se na moção.

O presidente da Câmara confirmou que “parte do serviço está suspensa” e que em contato com a administração recebeu a informação de que se ia tentar resolver o problema, mas “implica um conjunto de intervenções e deslocação de serviços que poderá demorar alguns meses”. “Disponibilizei-me para colaborar no que for possível e temos de exigir que as obras sejam feitas rapidamente”, acrescentou.

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