A sugestão surge na sequência do pedido feito pelo município da Batalha aos grupos parlamentares com assento na Assembleia da República para que, depois de terem aprovado o Mosteiro dos Jerónimos como panteão nacional, o façam também relativamente ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.
O CEPAE acompanha a ambição da Batalha e entende que a iniciativa deve ser alargada a Alcobaça, já que, tal como a Batalha, é também panteão real.
“Não querendo banalizar o estatuto, ambos poderiam defender e assumir uma eventual parceria nesta matéria, suportados e fortalecidos pelo restante património regional, nas suas várias dimensões”, diz o presidente do CEPAE.
O dirigente lembra que “o Mosteiro de Alcobaça detém importantes túmulos de figuras proeminentes da história de Portugal, como D. Afonso III, responsável pela estabilização política, reconquista do sul do país e primeiras cortes alargadas ao povo e os famosos D. Pedro e D. Inês de Castro, entre outros”.
Micael Sousa acredita que, a partir do estatuto de panteão nacional, ambos os mosteiros podem criar “uma forte estratégia e práticas de valorização do património da região em rede”.
“Este estatuto, que é claramente simbólico, poderá trazer mais notoriedade ao património existente. O CEPAE será a favor desta e de todas as iniciativas que contribuam para salvaguardar e valorizar o património da região”.
Já o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, lembra que o Mosteiro de Alcobaça já detém, como o da Batalha, “estatuto de panteão real, tendo sido o segundo da monarquia nacional”. O autarca entende que “terá de ser a Direção-Geral do Património Cultural a pronunciar-se” sobre a eventualidade de vir a ser panteão nacional.
0 Comentários