O mosteiro remonta a 1279 e a sua origem é atribuída ao abade alcobacense D. Fernando, que o destinou a acolher viúvas que pretendiam levar uma vida religiosa.
Entre 1519 e 1527, o conjunto foi alvo de obras de ampliação, o que veio a repetir-se por várias vezes até 1716, ano em que foi concluído o processo decorativo que dotou a igreja e os seus anexos de altares de talha dourada, revestimentos azulejares e pinturas.
Entre elas está um conjunto de 10 painéis alusivos à vida de São Bernardo, atribuídos a Teotónio dos Santos.
A talha dourada, a azulejaria, e o revestimento dos tetos são alguns dos atrativos artísticos do monumento, que “tem estado nas prioridades da câmara”.
Em janeiro, a autarquia avançou com um processo tendente à sua classificação como monumento nacional.
A sua integração na carta europeia, que será posteriormente analisada, tem, por um lado, “o objetivo de este ser promovido internacionalmente através dos canais de divulgação da rede” e. por outro, “a intenção de propor parcerias entre os mesmos com vista a captar apoios europeus para projetos comuns que venham a ser desenvolvidos”, acrescentou Inês Silva.
Na reunião, em que participará igualmente a diretora do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Ana Pagará, a câmara pretende igualmente “convidar as abadias associadas a participarem na Mostra de Doces Conventuais”, sobretudo “ao nível de produtos como os licores e os doces”, mais fáceis de transportar do que a doçaria conventual que se faz representar em maior escala por ordens radicadas em Portugal.
A Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses é uma associação fundada em 1993 e estende-se atualmente a 11 países, integrando mais de 200 monumentos e sítios cistercienses com estatutos muito variados, desde Estados, comunidades religiosas, entidades públicas, instituições, proprietários privados e associações locais.
Estima-se que na Europa exista um considerável património histórico proveniente de 750 abadias de monges e de 1.000 mosteiros de monjas criados pela Ordem de Cister entre 1098 e o fim do século XVIII, bem como abadias criadas a partir do século XIX.
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