Espera-se que o lançamento do respetivo concurso público ocorra até janeiro de 2017.
Contudo, a eletrificação da linha [ferroviária] apenas até às Caldas, decidida pela tutela, não foi aceite pela Região Oeste, que contesta uma medida que não dinamiza o caminho de ferro na sua totalidade, nem contempla a ligação até Coimbra, exigida há décadas.
Os autarcas do Oeste solicitaram ao ministro que inclua no Plano de Investimentos para a Ferrovia até 2020 a alteração ao traçado da linha a partir da Malveira e até Lisboa, em vez de os comboios irem para Sintra.
Segundo o documento, o Governo espera uma comparticipação dos novos fundos comunitários de 74,1 milhões de euros.
A Câmara da Nazaré também tomou posição sobre esta decisão governamental, com Walter Chicharro a declarar que lamenta profundamente que o Concelho da Nazaré fique de fora desta obra estruturante para o país.
“Temos um Parque Empresarial à beira de uma estação que poderá ser amplamente valorizada pelas empresas que têm aqui uma estrutura imprescindível para a sua atividade, mas também por toda a envolvência inerente a um dos destinos turísticos mais procurados do país”, afirmou o autarca.
Para o Presidente da Câmara da Nazaré “numa altura em que, cada vez mais, se procuram meios de transporte alternativos, como consequência dos preços dos combustíveis, entendemos que a eletrificação da linha em toda a sua extensão seria da maior importância para a região. Foi com esse intuito, numa demonstração clara de solidariedade com os municípios prejudicados, que a OesteCIM solicitou uma reunião urgente com o Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas”.
Também a CDU se pronunciou sobre esta não inclusão da Nazaré no plano de modernização da linha de comboio
A Coligação fala em esquecimento de toda a zona industrializada de Alcobaça, Nazaré, Marinha Grande e Leiria, e frisa que a Linha do Oeste é um troço ferroviário estratégico no plano da rede ferroviária nacional e alberga potencialidades que devidamente exploradas, o podem transformar num ainda mais importante eixo de transporte de passageiros e de mercadorias envolvendo simultaneamente a área metropolitana de Lisboa e as regiões do Oeste e do Centro, com impacto muito positivo no plano económico, social e ambiental.
Numa moção levada à última Assembleia Municipal, a CDU solicitou ao Governo que considere todo o troço da linha para a modernização do caminho ferroviário nesta Região, bem como “ a possibilidade de correções no traçado, ou mesmo, de estudos de alternativa àquele, com o objetivo de reduzir o tempo de viagem, designadamente a jusante das Caldas da Rainha”.
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