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Na Nazaré Maria de Belém promete ser vigilante e recusa falsas promessas

JL

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“Ao apresentar-me assim perante o eleitorado é uma apresentação verdadeira, uma apresentação demonstrada e eu penso que hoje é disso que nós precisamos na política, numa época em que as pessoas estão a ficar progressivamente fora da participação nos atos eleitorais, porque deixaram de confiar nos políticos porque fazem falsas promessas", afirmou Maria de Belém Roseira, na passada sexta-feira, num almoço num restaurante na Nazaré.

Assegurando que não faz “falsas promessas” e “nunca se comprometeu a fazer aquilo que não fosse capaz de fazer”, a antiga presidente do PS e ex-ministra da Saúde e da Igualdade dos Governos de António Guterres disse apresentar-se ao eleitorado com simplicidade, transparência, veemência e “coerência na ação” e prometeu não ser “uma presidente interferente nas competências de outros órgãos de soberania”.

“Não serei uma Presidente interferente nas competências de outros órgãos de soberania, mas serei uma Presidente vigilante e uma Presidente com influência no sentido de mobilizar a sociedade civil também naquilo que a cada uma e a cada um de nós compete resolver”, frisou.

Numa sala na cave de um restaurante à beira-mar, onde se juntaram algumas dezenas de apoiantes, Maria de Belém Roseira prometeu ainda ser “uma trabalhadora incansável ao serviço do país”, reiterando que é preciso que os portugueses acreditem neles próprios.

Se vencer as eleições de 24 de janeiro, a antiga deputada assegurou que terá uma relação direta com as pessoas, oferecendo “sensibilidade e uma magistratura de influência para mobilizar a sociedade civil” para aquilo que a cada um compete fazer.

“É na crista da onda que o Presidente da República deve colocar Portugal”, frisou Maria de Belém Roseira.

Antes, o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, que acompanhou a passagem da candidata pela cidade, levando-a antes de almoço até ao farol, tinha já deixado um ‘prognóstico’.

“Quaisquer que sejam as sondagens, quero dizer à Maria de Belém que sendo a Nazaré terra de fé, terra de gente com garra, terra de gente do mar, terra de ondas gigantes, que pode contar com toda a nossa fé, com toda a nossa garra e, principalmente, com a força das nossas ondas para aqui começar a surfar a maior onda destas presidenciais que não a conduzirá a um recorde do ‘Guiness’, mas sim a uma grande vitória nas eleições”, disse.

A candidata à Presidência da República subiu ao farol, instalado no forte de São Miguel Arcanjo, para observar o “canhão da Nazaré”, o maior vale submarino do mundo, que é responsável pelas ondas gigantes que ganharam fama mundial com a onda surfada por Garrett McNamara. Hoje o mar estava calmo.

“Temos muitos mais estrangeiros, a terra está muito mais cheia e a economia local teve aumentos de faturação em 2015 de mais 50% comparativamente com o ano anterior. Mais cheia e mais internacional”, explicou o presidente da autarquia Walter Chicharro.

Estes são, segundo a candidata, “ativos naturais e específicos que podem garantir crescimento económico e crescimento económico é sempre emprego para mais pessoas”.

Antes da visita ao farol, Maria de Belém Roseira passou pela feira semanal onde contactou com feirantes mas, ao final da manhã, já encontrou poucos clientes. Esta foi também a primeira ação de rua da candidata nesta campanha eleitoral.

Sapatos, casacos, meias, lençóis ou colchas, havia muitos produtos à venda por aqui e Belém ainda ouviu queixas de uma comerciante por causa dos baixos salários que há em Portugal.

“Bom dia? Não, é um péssimo dia. Ganho 300 euros para alimentar os filhos. Temos que fugir daqui para dar futuro aos nossos filhos”, lamentou a feirante.

Em resposta, a candidata disse que há um “problema de grande desigualdade em Portugal que é preciso combater”.

Nesta passagem pela feira falou-se ainda das tradicionais ‘sete saias’ das nazarenas e questionada sobre se usaria uma, Maria de Belém respondeu “se se justificasse, poderia usar”. “Quando era criança usavam-se as saias muito armadas e havia muito o culto das sete saias da Nazaré”, recordou.

Ao seu lado, o autarca Walter Chicarro explicou que “não há apenas uma justificação” para as ‘sete saias’ e referiu que o que se sabe é que, desde tempos imemoriais, serviam para proteger as mulheres que na praia esperavam pelo regresso dos maridos da faina”.

A integração dos ciganos foi também um tema de que se falou, até porque muitos dos comerciantes são desta etnia, e a ex-ministra da pasta da Igualdade no Governo de António Guterres frisou que “Portugal é dos países que há mais tempo tem desenvolvido políticas nesse sentido”.

“A tradição portuguesa é uma tradição de integração e uma integração que não é de agora, é de sempre, é uma das distinções nossas”, frisou.

Esta ida à feira serviu, segundo salientou, para “dar visibilidade ao ato eleitoral e “à importância das pessoas participaram na eleição”.

No dia em que o parlamento discutiu a questão do défice estrutural, Maria de Belém referiu apenas que espera que Portugal “cumpra todos os objetivos” e questionada sobre uma sondagem que será revelada e dá um empate técnico com o candidato Sampaio da Nóvoa, disse que acredita que vai conseguir ir à segunda volta das eleições Presidenciais.

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