À semelhança das suas congéneres, que adornam as fachadas sul e norte do arquivo central do Estado, estas peças da Vista Alegre aliam a componente artística e simbólica do Arquivo Nacional da Torre do Tombo: um “Templo da Memória”, fundamento da nossa memória individual e coletiva.
Em 1988, a convite do arquiteto Arsénio Cordeiro, o escultor José Aurélio concebeu para as fachadas do edifício da Torre do Tombo oito gárgulas. As esculturas encontram-se distribuídas pelas fachadas do edifício em dois grupos de quatro, definindo as características dos documentos guardados na Torre do Tombo.
Os “Guardas da Escrita” encontram-se localizados nos cantos do edifício, virados para fora. Simbolizam os suportes da escrita e a responsabilidade de quem os guarda bem como os meios de comunicação antigos e modernos, sendo constituídos pelas Gárgulas: “Guarda das Pedras”, “Guarda dos Papiros”, “Guarda do Alfabeto” e o “Guarda das Ondas Hertzianas”. Os “Fautores da História”, localizados ao centro das fachadas, enfrentando-se face a face, assinalam os opostos e as dicotomias, sendo constituídos pelas gárgulas: “O Bem e o Mal”, “O Velho, o Novo e a Morte”, “A Guerra e a Paz” e “A Tragédia e a Comédia”. As próximas peças a serem lançadas no âmbito desta coleção serão as gárgulas “A Guerra e a Paz” e “A Tragédia e a Comédia”.
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