Alcobaça, Caldas da Rainha, Óbidos, Mafra, Barcelos, Aveiro, Viana do Castelo e Ílhavo foram, convidadas a “organizarem a criação de uma associação nacional que permita desenvolver projetos integrados para o setor”, convite que, segundo o mesmo responsável, será feito a Reguengos de Monsaraz, Redondo e Montemor-o-Novo.
Num encontro com jornalistas, nas Caldas da Rainha, o responsável pela associação italiana manifestou, no passado dia 6, o desejo de que “os autarcas consigam apresentar uma carta de intenções [para a formação da associação], em Itália, no próximo mês de setembro”, data em que decorrerá na cidade de Faenza um certame internacional ligado à cerâmica.
A criação da associação será, segundo Guiseppe Olmeti, “um primeiro passo para integrar a Associação Europeia de Cidade de Cerâmica (AEuCC)”, criada em janeiro de 2014 e que integra as associações de Itália (AICC), de Espanha (AECC) e da Roménia (ARCC), reunindo, no conjunto, 97 cidades.
“A melhor identidade de Portugal é a cerâmica, pelo que considerámos fazer todo o sentido que o país esteja representado na associação europeia” defendeu o italiano apostado em “criar um lóbi positivo” em defesa do setor.
O objetivo da organização europeia passa pela criação de uma rede de cidades ligadas à cerâmica e pelo desenvolvimento de projetos conjuntos.
A criação de uma certificação da cerâmica é um dos objetivos da AEuCC, para que “produtos como o Galo de Barcelos não possam ser produzidos na China a preço inferiores, porque a sua região demarcada será o norte de Portugal”, exemplificou.
Na ordem do dia estão igualmente questões técnicas como “a redução de metais nas louças cerâmicas”, área em que a proposta da União Europeia aponta para “valores mais baixos do que os que se encontram na água” e que as associações pretendem negociar para “um valor mais aceitável”, explicou o mesmo responsável.
Fernando Tinta Ferreira, presidente das Caldas da Rainha, é um dos dez autarcas disposto “a integrar o núcleo fundador” da futura associação nacional, cuja formação vai “começar a ser discutida entre as várias autarquias interessadas”.
“Mafra já se ofereceu para organizar a primeira reunião” em que a organização da associação será discutida entre os municípios que “poderão determinar as suas regras, sem terem que seguir as mesmas normas que os restantes países”, sublinhou Guiseppe Olmeti.
A adesão à associação europeia possibilitará a Portugal candidatar-se a fundos para projetos a desenvolver e para a promoção internacional da cerâmica, como acontece já com as quatro associações fundadoras que em junho deste ano apresentaram uma candidatura conjunta para um projeto de 1,7 milhões de euros.
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