O centro de acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão, inaugurado no final ano passado, já acolheu mais de 150 pessoas, com idades compreendidas entre os 3 meses e os 90 anos.
O despejo, casos de incêndios ou inundações, e várias histórias de vítimas de violência doméstica foram as principais razões de entrada dos utentes naquela instituição, segundo a qual, a média de idades dos que ali procuraram abrigo situa-se no intervalo dos 30 aos 60 anos.
Segundo os técnicos, estas situações de violência acontecem maioritariamente nas épocas festivas, como o Natal e Ano Novo, devido ao consumo de bebidas alcoólicas que muitas vezes faz disparar a violência.
No cento, as vítimas beneficiam de uma permanência de 72 horas, sendo mais tarde transferidas, acabando, muitas vezes, por fugir e voltar para junto dos agressores. Existe também o acolhimento temporário dos 3 aos 6 meses, ou até a pessoa conseguir encontrar uma situação de residência estável.
O provedor José Luís Castro afirmou que “nestes primeiros meses, desde o nascimento da instituição, tem sido uma aprendizagem constante”.
“Os procedimentos são ajustados às novas realidades e aparecem muitas pessoas que pertencem ao distrito”, mas também já se acolheram pessoas provenientes de Almeirim e Alpiarça, que procuraram os serviços em busca de auxílio no momento de dificuldade que estão a viver.
O Centro tem como função acolher pessoas em situações de emergência, de contexto provisório, que determinam internamento, até se encontrar solução estrutural definitiva.
O Centro de Acolhimento Temporário funciona nas antigas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão.
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