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Centro Hospitalar do Oeste deverá poupar 14 a 15 milhões com reestruturação

Paulo Alexandre

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“Projetamos chegar a 14 ou 15 milhões de euros (ME) e redução de custos", afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração do CHO, Carlos Sá, que termina o mandato de três anos em novembro, depois de ter sido nomeado para o cargo em outubro de 2012 aquando da criação do CHO.

A poupança pode situar-se mais abaixo, a ter em conta o tratamento de doentes com hepatite C que em 2012 não estava contemplado e que aumenta os custos em três milhões de euros.

De acordo com os relatórios de atividades de 2012 e 2014, a que a Lusa teve acesso após ter sido agora publicado o de 2014 no “site” do CHO, os custos baixaram de 83,4 milhões em 2012 (antes da reestruturação) para 72,9 milhões em 2014 (depois da reestruturação), enquanto as receitas aumentaram de 66 para 70,5 milhões.

Concluída a reestruturação hospitalar nos hospitais da região Oeste ao fim de três anos, o administrador hospitalar defendeu que o trabalho encetado nesse sentido “foi positivo”, uma vez que “foi possível melhorar o acesso dos doentes aos cuidados de saúde e a eficiência de gestão e do funcionamento do centro hospitalar”, com a redução de custos.

Pedro Coito, presidente do Distrito Médico do Oeste da Ordem dos Médicos, criticou que a descida dos custos tenha sido “à custa da redução de camas, de profissionais [segundo os relatórios, passaram de 1.768 para 1.608), do serviço prestado e da qualidade do atendimento”.

Carlos Sá defendeu, pelo contrário, que a reestruturação e a consequente redução de custos permitiram aumentar o número de especialidades, de consultas (155 mil para 164 mil) e de cirurgias (5.112 para 5.762) e reduzir as listas e os tempos de espera para consultas e cirurgias.

Por serviços, a ortopedia, que fechou em Caldas da Rainha e concentrou-se em Torres Vedras, aumentou internamentos, consultas e cirurgias, graças à otimização trazida pela reestruturação, concluem o CHO e a Ordem dos Médicos.

Quanto à ginecologia/obstetrícia e à pediatria/neonatologia, que encerraram em Torres Vedras e foram concentradas nas Caldas, à exceção das cirurgias do primeiro, reduziram a atividade assistencial, explicada pela passagem de parte da população de Alcobaça para o hospital de Leiria e pela perda desse hospital, onde funcionava parte da valência.

Médicos e CHO são unânimes em afirmar que a população servida pelo hospital de Torres Vedras tem vindo a procurar outras ofertas, sejam clínicas privadas na cidade e ou o hospital de Loures, mais perto do que o das Caldas.

Entre 2012 e 2014, a dívida subiu de 27,2 ME para 30,8 ME, mas o passivo baixou de 36,5 ME para 33,1 ME. O CHO encerrou 2014 com um resultado negativo de 3,3 milhões, abaixo dos quatro milhões do ano anterior.

“Reduzimos os custos e os prazos de pagamento, por isso não temos dívidas a fornecedores externos anteriores a 2015. Como somos do setor público administrativo e dependemos das transferências do Estado, recebemos entre 70 e 71 ME, mas temos custos de 75 ME. Por isso, temos um défice e aumentámos a dívida”, explicou o administrador hospitalar.

O CHO serve 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.

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