Neste significativo acervo podemos encontrar, entre outros: 414 rádios, 587 microfones, 151 gravadores, 125 telefones, 407 discos metálicos, 67 discos perfurados, 1104 discos de vinil,
42 fonógrafos, 13 gramofones, 83 rádios transmissores.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça Paulo Inácio “este museu pretende constituir-se como uma estrutura de fruição pública, de enorme potencial turístico, que dê acesso a um significativo espólio de aparelhos radiofónicos detido pela autarquia. A tecnologia da rádio revolucionou a civilização e queremos mostrar como essa tecnologia emergiu e evoluiu. A nossa coleção é seguramente uma das mais valiosas e queremos partilhá-la com o público”.
A coleção foi sujeita uma primeira fase de conservação e restauro efetuada por uma equipa de especialistas. Contém peças que remontam aos séculos XIX e XX que não se cingem apenas a aparelhos radiofónicos domésticos. Encontramos também objetos de caráter técnico associados aos primórdios do som e das telecomunicações. Inclui peças patenteadas que vão desde Tesla a Edison.
“A fase de inventariação e documentação foi recentemente concluída estando o espólio, neste momento, sujeito a um trabalho de conservação e restauro. Com a aquisição do espaço iremos dar início ao programa museológico e à projeção do espaço para abarcar e potenciar a fruição educativa, cultural e turística da coleção”, explica Paulo Inácio.
O museu será instalado nuns antigos armazéns situados no centro da cidade de Alcobaça, a 100 metros do Mosteiro de Alcobaça, na Rua Araújo Guimarães. A aquisição do espaço foi recentemente assinada através um contrato-promessa que sinalizou a compra de 5 frações (4 no rés-do-chão e 1 na cave) dos mencionados armazéns e que representa um investimento inicial com este imóvel de 280.000€. As 4 frações de rés-do-chão totalizam uma área de 178.09 m2 enquanto a fração da cave estende-se numa área de 171.45 m2. A escritura definitiva será assinada até ao final do ano. A coleção será depois transladada para os armazéns, pelo que se prevê que o Museu só esteja em pleno funcionamento em 2016.
Para o autarca alcobacense “está a ser dado um passo importante para a consolidação da rede municipal de museus que está neste momento em desenvolvimento e conta já com importantes espaços como o Museu do Vinho de Alcobaça, Museu Raul da Bernarda (cerâmica), Central da Confluência dos Rios (núcleo museológico do património industrial), entre outros que se encontram em fase de projeto.”
Acrescenta ainda que “Alcobaça é sobejamente conhecida como uma cidade culturalmente ativa, com uma oferta diversificada e de grande qualidade. Os nossos museus têm vindo a registar uma subida do número de visitantes devido à importância do seu conteúdo museológico. Acreditamos que este Museu da Rádio será uma valiosa adição à vasta oferta cultural do concelho. Esta rede posiciona-se como uma alternativa e um complemento à oferta de excelência do Mosteiro de Alcobaça, Património da Humanidade. Será um polo de atração cultural e turístico beneficiando a economia local e por conseguinte a sua comunidade. Será seguramente um dos mais importantes museus deste género a nível nacional, com uma perspetiva moderna e interativa da museologia”.
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