Os sócios da Meia-Maratona Internacional da Nazaré aprovaram a venda do alvará da Rádio Nazaré à Cercina.
A rádio luta contra um passivo que ascende aos 150 mil euros e a proposta da Cercina permitirá assegurara continuidade das emissões, bem como a pacificação da situação interna da estação, agitada com diversos processos em tribunal por dívidas a trabalhadores e fornecedores.
Evitar o encerramento da única estação radiofónica da Nazaré e contribuir para o reequilíbrio financeiro da Associação da Meia Maratona Internacional, responsável pela realização da mítica Meia Maratona Internacional há 40 anos, são os propósitos da CERCINA, cooperativa de ensino especial que possui alvará da rádio.
“Assim que a minuta do contrato, que enviámos à Assembleia Geral da Meia Maratona, estiver aprovada, iremos proceder à transmissão de licença de alvará, e a rádio passará a ser propriedade da CERCINA, que assumirá as responsabilidades financeiras e programática daquela estação”, afirmou Joaquim Pequicho, responsável pela Cooperativa de Ensino Especial da Nazaré.
De acordo com o responsável, o projeto da nova Rádio Nazaré irá passar pela concretização de um plano estratégico já delineado pela CERCINA que passa, designadamente, visibilidade da estação e o reforço da sua presença nos vários eventos que se realizam no concelho.
“A proximidade é essencial, e a rádio precisa de estar junto das pessoas, comunicado e estando nos eventos que se vão realizando”, afirma Joaquim Pequicho, acrescentando que a “valorização de aspetos ligados à identidade cultural” será também a aposta da nova programação que, para obter maior retorno irá trabalhar, também, o lado comercial “para assegurar a sustentabilidade do projeto”.
“Sem contratos de publicidade, o projeto fica insuficiente”, refere o responsável.
A venda do alvará a uma instituição sem fins lucrativos permite a continuação das emissões e a liquidação do passivo da Associação da Meia Maratona Internacional da Nazaré bem como a resolução do contencioso em tribunal.
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