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Segurança a bordo das embarcações reduzida por falta de rendimentos

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“Para sobreviver, os pescadores são atirados para a morte”. Muitas embarcações cortam no investimento em segurança

A redução do investimento na segurança a bordo das embarcações de pesca preocupa a Mútua dos Pescadores, associação portuguesa do setor marítimo, com cerca de 16 000 associados, e que em 2004 se tornou-se na 1ª e única cooperativa portuguesa de utentes (consumidores) de seguros.

De acordo com João Paulo Delgado, responsável pela delegação da Nazaré da Mútua dos Pescadores, “muitas vezes as pessoas são empurradas para determinados cenários que não querem, em parte por causa da situação em que se encontra o setor, um drama social que se agrava a cada dia que passa, e é natural que casos de acidentes se registem com alguma frequência”, embora, no caso da Nazaré, não hajam notícias regulares de acidentes fatais.

Para este dirigente, se a situação financeira dos profissionais da pesca fosse mais confortável, o nível de segurança aumentaria, pois os profissionais “estariam recetivos a mais formação na área, e a disporem de mais material de segurança, para além daquele que a lei obriga”.

“Às vezes para sobreviver, os pescadores são atirados para a morte”, refere João Paulo Delgado, vincando que “ninguém gosta de arriscar demasiado, mas quando não se vai, não se ganha”.

O dirigente refere que “em situações de intempérie, na ausência de rendimentos ou perante a forte discrepância de preços entre a primeira venda de pescado para o que é praticado sobre o consumidor, atiram os pescadores para situações complicados, e que lhes roubam a vida”.

Na Nazaré, o número de acidentes têm sido reduzido nos últimos anos, em comparação a outras comunidades piscatórias do país.

As condições da barra do Porto de Pesca, que permite que se mantenha aberto todo o ano, quando os restantes encerram devido ao mau tempo; o tipo de pesca praticado pela frota local, assim como as condições da própria frota (que ao contrário de outos locais do país, como Caxinas (Aveiro), não se desloca ao longo da costa para pescar em qualquer zona do país) e a cultura local, de estar um a dois dias em mar, no máximo, regressando a terra ao fim desse tempo, têm contribuído para a diminuição de situações de risco e de naufrágio.

O risco de acidente aumenta, contudo, com as embarcações que andam na pesca ao robalo, que se faz mais próxima da zona de rebentação.

Trata-se de um pescado que contribui para o aumento do rendimento dos profissionais, apesar de ser uma prática bastante arriscada.

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