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CDU Alcobaça justifica em comunicado voto contra as contas do Município

Paulo Alexandre

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A CDU Alcobaça justifica o seu voto contra as contas de gerência 2014 da Câmara e dos Serviços Municipalizados de Alcobaça com a “política errada” por parte da maioria, que governa o Município.

“Houve evolução na entrega da documentação técnica atempadamente. Mas a política continua errada na maioria relativa do PSD. O PSD local comete os mesmos erros essenciais”, refere a CDU.

A situação da dívida a pagar à CGD, por causa dos Centros Escolares da Benedita e de Alcobaça e do Pavilhão de Évora, são alguns exemplos de erros de gestão, assim como aquilo a que a Coligação chama de “gestão danosa”, pelo que indica o número de “66M€! Nem 1 cêntimo de apoio financeiro. Perdemos os apoios para os Centros Escolares, bem necessários, de Alfeizerão e Turquel. Alguns municípios conseguiram 85% de apoio. Mais um erro monumental que nos vai custar caríssimo até 2035”.

A CDU aponta ainda a receita do IMI (+0,9M€ que 2013) que “demonstrou o engano que foi o estudo que apontava para uma receita de menos 1M€”.

“Desde 2009, não podemos ignorar que foi com a legislação do governo PS, que o governo PSD. CDS agravou, a Câmara perdeu 57 trabalhadores!

Menos 57 famílias que deixaram de ter receita via o seu trabalho útil e necessário no município”, refere.

Sobre alguns serviços e os custos do Município com estes, a CDU refere “o custo do tratamento do lixo baixou, extraordinariamente, para os 19€ por tonelada, mas os munícipes continuam sem ter baixa no que pagam. A Compostagem também não foi, ainda, devidamente incentivada para que o município tenha menos despesa. Também não podemos aceitar a prática da maioria relativa do PSD em relação ao deixar andar a privatização da Valorsul. Resioeste”.

Na enumeração de erros, a CDU aponta ainda para a “Trevoeste (tratamento dos efluentes pecuários), que foi 1 dos grandes argumentos para a adesão à Águas do Oeste, está sem qualquer novidade”, e o Mercoalcobaça sobre o qual o Tribunal de Contas (2000) “explicitou os erros e que era para acabar, ainda não está resolvido e ainda há Assembleias Gerais e despesas que revelam má gerência”.

“A Fundação N.S. Conceição (Ensino Superior), grande aposta do PSD, em plena campanha eleitoral de 2009, está moribunda. O prédio Manuel de Almeida é um bom exemplo da má gestão destes processos; a expropriação da ex-sede Raimundo&Maia mantém ruínas à beira do Património Mundial, as Propriedades Municipais valiosas estão sem qualquer rentabilização, como a Quinta da Cela, Cova da Onça, Quinta da Conceição e Gafa, Camarção na Pedra do Ouro enquanto a ALEBenedita e a Z.I.Pataias não dão 1 passo, nem avançam”, dizem ainda os comunistas.

Para a CDU há “um Festival de anúncios que continuam sem se

concretizar: Revisão do PDM, Mata do Vimeiro; USFBenedita; Museu da Língua Portuguesa; Central e Açude da ex- Fiação e outras à Beira-Rio; Golfes de Pataias e São Martinho do Porto; Escola do Golfe e conduta de Água Potável”.

Na política dos Serviços Municipalizados de Alcobaça “elencámos 5 razões fundamentais para votarmos contra a gestão política, totalmente, PSD: voltámos a encontrar a preocupante situação da necessidade de substituição e remodelação das redes de água, em fase final de vida útil, o que provoca, também, elevado número de roturas (689), de água tratada desperdiçada”.

A CDU recorda que há ainda “25% de território que precisa de saneamento e que merece um programa especial” e há “menos 10 mil consumidores do saneamento em relação aos clientes da água”, refere a Coligação para quem “os 700 km de saneamento e as 100 estações elevatórias têm de ser rentabilizadas”.

Sobre o funcionamento dos Serviços Municipalizados, que perderam 22 trabalhadores, a CDU diz que houve, assim, “famílias que deixaram de ter receita”.

“A empresa Águas do Oeste é um sorvedouro de recursos municipais de Alcobaça”, acusa a CDU, que fala na ameaça da privatização e do pagamento do tratamento da água da chuva (a rede dos pluviais só cresceu 270 m em 2014).

“O custo do tratamento dos efluentes domésticos nas nossas ex-ETAR’s que passou de 33 escudos para mais de 0,7€ por metro cúbico” e o “ruinoso contrato do fornecimento da Água em Alta”, assim como os “9,2 milhões de euros reclamados pela empresa” são mais alguns erros apontados pela CDU às gestões que têm tido maioria na Câmara.

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