“A Viagem do Elefante” encerra festival Books & Movies

Paulo Alexandre

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“A Viagem do Elefante", uma metáfora da vida humana, representada pelo grupo de Teatro ACERT de Tondela, encerrou, no passado dia 10 de junho a segunda edição do festival Books & Movies em Alcobaça.

O ACERT trouxe a Alcobaça uma montagem teatral do conto de José Saramago. “Primeiro, a paixão compartilhada pela leitura. Depois, as visões encantatórias que faziam de cada momento lido um momento teatral. Tudo mexia. Os personagens passaram a conviver connosco e a segredarem-nos intenções de saírem do conto para lhes darmos vida. O elefante Salomão povoava-nos sonhos e dava-nos carícias de uma humanidade singular. Agigantá-lo seria um justo merecimento”, refere o grupo, sobre o trabalho que apresentou.

De 1 a 10 de junho, os alcobacenses e visitantes assistiram a várias manifestações culturais, com as quais promoveu, divulgou e premiou a arte literária e a arte-vídeo.

Nos cafés e espaços da cidade, dezenas de escritores, ilustradores, cineastas e artistas profissionais, partilharam as suas experiências com os leitores e amantes do cinema.

João Lemos, Fernanda Botelho, António Jorge Serafim, Vanda Marques, Catarina Sobral, Pedro Chagas Freitas, Raquel Freire, Isabel Stilwell, Mário Cláudio, João Tordo, Milene Matos, David Machado, Marc Parchow foram alguns dos nomes do festival, que, para além das conversas literárias e projeção cinematográfica, incluiu exposições, teatro, música, Rock Fest do Museu do Vinho com Carlão, Noiserv, White Haus e DJ Mad Mac, Mercado do Livro, workshops de produção de livros e de ilustração.

Durante o dia, as atividades foram destinadas essencialmente às escolas, dada a presença de autores de literatura infanto-juvenil.

O festival incluiu a Gala Books and Movies 2015, que decorreu no dia 7 no cine-teatro, na qual foi prestada homenagem a Mário Zambujal, que referiu, durante a gala: “Sou a partir de hoje um embaixador de Alcobaça.”

Mário Zambujal esteve presente, no dia anterior à homenagem, numa conversa intimista com os seus leitores no Café Capador, no centro histórico, onde falou da vida e da literatura: “Temos a tendência para ir fechando portas à medida que crescemos. Primeiro fechamos a infância, depois a adolescência, depois a fase adulta, depois a pré-reforma, etc. Eu procuro ser tudo aquilo que já fui em todas as fases da minha vida. Sou e serei sempre o corolário de tudo o que já fui.”

A vereadora da cultura da Inês Silva realçou a importância do evento para os mais jovens “ é muito bonito ver os jovens estudantes do concelho nas ruas da cidade a visitarem exposições, falarem com escritores ilustradores e cineastas, é uma cemente que fica nas suas memórias”

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