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Direção-Geral do Património lança concurso para hotel no Mosteiro de Alcobaça

Paulo Alexandre

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O concurso será “publicado em Diário da República na próxima semana”, anunciou no sábado o subdiretor do Património Cultural, João Carlos Santos, durante uma visita ao Mosteiro de Alcobaça onde está prevista a construção de um hotel “com cerca de 80 quartos”.

O concurso “limitado por prévia qualificação” determina que os potenciais interessados na concessão do claustro e jardins envolventes apresentem “uma proposta concreta, do ponto de vista arquitetónico”, para a instalação do hotel que deverá ter “quatro ou mais estrelas” e que a Direção-Geral do Património e Cultura (DGPC) estima que implique “um investimento de cerca de 15 milhões de euros”.

De acordo com o mesmo responsável, a DGPC acredita que “no início de 2016 se esteja em condições de assinar contrato” com os potenciais investidores do projeto que deverá criar “cerca de 70 postos de trabalho diretos”.

O anúncio do lançamento do concurso público, há vários anos aguardado pela autarquia, foi considerado pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, “um grande contributo para alargar as possibilidades de fruição deste monumento [Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça] por um leque cada vez maior de pessoas”.

Para o secretário de Estado, o mosteiro, fundado em 1153 e desde há 25 anos classificado como Património da Humanidade, conhece hoje “novos desafios” para a “reutilização condigna” do espaço que já foi local de acolhimento de monges cistercienses, asilo e biblioteca, entre outras utilizações.

“Reconhece-se, na atualidade, que a melhor forma de obstar a ruína dos edifícios, é a de lhes conferir um uso compatível com o seu destino inicial”, ou seja, no caso, a hospedagem, agora não de monges, mas de turistas.

O anúncio do concurso para a concessão do claustro antecedeu a inauguração da requalificação da “levada”, uma zona de cerca de 700 metros ao longo do rio Alcoa em que foi recuperada parte do sistema hidráulico dos monges cistercienses.

Ainda durante o sábado foi inaugurado o Jardim do Amor, uma iniciativa do município que criou, na confluência dos rios Alcoa e Baça, situada nos jardins da Biblioteca Municipal.

No seguimento da apresentação dos tronos de Pedro e Inês e do novo símbolo do concelho na última edição da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais, o Município de Alcobaça instalou essas mesmas esculturas no Jardim do Amor.

Nas paredes da confluência foram embutidos 700 pequenos cofres onde serão guardadas dedicatórias ou juras de amor/amizade. Em diversos comerciantes locais está à venda um Kit.

Os Kits são compostos pelos seguintes elementos: uma caixa onde consta um pequeno saco de chita de Alcobaça – produzido pelo Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (CEERIA) – no qual se encontram duas chaves e um papiro com poemas em seis línguas.

Cada par de chaves dá acesso a um dos 700 cofres que estão embutidos nas paredes da confluência dos Rios Alcoa e Baça onde se encontra o Jardim do Amor.

No verso dos papiros poderão ser escritas dedicatórias e juras de amor que serão guardadas por um período de três anos nos cofres. No fim desse período os portadores das chaves do cofre podem renovar o serviço ou então proceder-se-á à remoção dos papiros para que os cofres possam ser comercializados novamente.

A caixa será colocada num saco com o logotipo do concelho e virá acompanhado de uma pequena amostra de Ginja de Alcobaça e de uma Maçã de Alcobaça. Em futuras edições do Kit estes elementos poderão ser substituídos por outros produtos típicos da região como a cerâmica ou a marroquinaria.

Com esta inovadora iniciativa, o Município de Alcobaça pretende não só constituir um novo pólo de interação entre os seus habitantes e visitantes como também criar novos motivos para regressar ao concelho, gerando um ciclo de renovação constante do turismo em Alcobaça.

“Temos nas mãos um potencial imenso: o amor de Pedro e Inês. É com base nesse potencial que o nosso slogan Alcobaça – Dê Lugar ao Amor se constitui assim como o projeto do Jardim do Amor. Este projeto é uma boa oportunidade para podermos adicionar mais 15 minutos ao tempo de permanência dos visitantes. Quanto mais tempo ficarem, maior a possibilidade de investimento na economia local”, explicou o Presidente da Câmara de Alcobaça Paulo Inácio.

Para Paulo Inácio, “este projeto foi concebido para apoiar o comércio e o turismo de Alcobaça, materializando o mote ‘Quem passa por Alcobaça não passa sem lá voltar’.

A cerimónia de inauguração culminou com a atuação da conceituada fadista Ana Moura.

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