Quase cinco milhões de euros investidos nas comunidades piscatórias da região Oeste

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72 projetos foram submetidos a candidatura, tendo 49 sido aprovados, e agora terão de ficar finalizados até ao final de 2015. A informação partiu de Mónica Chalabardo, da Associação para o Desenvolvimento de Peniche (ADEPE), entidade gestora do GACOeste e do programa na região.

Os projetos viabilizados representam um investimento total de 4,9 milhões de euros, dos quais 2,2 milhões são verbas públicas oriundas do Fundo Europeu das Pescas e do Orçamento do Estado.

O financiamento já libertado teve como destino investigações para criação de novos produtos derivados da pesca para indústrias de base tecnológica, como o reaproveitamento de caranguejos pilados para a indústria farmacêutica, a possibilidade de produzir fiambre de peixe, o aproveitamento de lapas para novos usos alimentares ou o cultivo em aquacultura de pepinos do mar e amêijoas para reforçar os habitats naturais e garantir o esforço de pesca.

O financiamento atribuído apoia também atividades marítimo-turísticas destinados a turistas, com aquisição de embarcações e equipamentos – para mergulho ou para a pesca artesanal, por exemplo – ou modernização dos barcos, bem como investimentos em embarcações e equipamentos marítimos de localização e salvamento de vítimas e barcos naufragados, de identificação de lixo e resíduos perigosos e de investigação marítima.

O GACOeste financiou ainda projetos destinados a criar novas ofertas turísticas, como o roteiro da sardinha, desde observação a bordo da pesca até ao jantar com pratos à base deste recurso.

O programa contemplou candidaturas relativas à promoção de usos e costumes caraterísticos dessas comunidades piscatórias, como as rendas de bilros de Peniche, e de atividades económicas, como a captura de percebes na ilha da Berlenga ou de bivalves na lagoa de Óbidos.

Novos negócios ligados à venda de peixe e marisco para consumo, construção de equipamentos sociais para as comunidades do mar, criação de centros de recursos ligados à etnografia, recuperação de espaços museológicos das atividades económico-marítimas ou planos de promoção do turismo, como por exemplo da Lagoa de Óbidos, foram também apoiados.

O Grupo de Ação Costeira do Oeste integra várias comunidades piscatórias territorialmente repartidas pelos concelhos entre Alcobaça e Lourinhã, inclusive, sendo as da Nazaré e de Peniche as mais significativas.

Os projetos empreendedores são vistos como alternativas à pesca ou como respostas sociais para melhoras as condições de vida e de sustentabilidade das comunidades piscatórias.

O GACOeste faz hoje em Peniche um balanço do investimento e dos projetos que já apoiou desde que foi criado em 2010 para gerir o Fundo Europeu das Pescas na região.

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