Jornal Região da Nazaré – Como surgiu o convite para representar a equipa de meio fundo do Sporting Clube de Portugal, e como está a viver este momento?
Ana Mafalda Ferreira – Confesso que não estava à espera mas fiquei muito satisfeita. Estive 7 anos a representar o Grupo Desportivo do Estreito, clube de que me orgulho muito, e ao longo destes anos foram surgindo outros convites que nunca aceitei. Para mim era quase certo que ficaria no GDE mais um ano. Mas no início da fase de transferências fui contactada por parte do Sporting C.P., mais propriamente pelo Sr. Carlos Lopes, e como tal decidi abraçar este projecto.
R.N. – Este pode ser o momento mais importante da tua já longa carreira no atletismo?
A. M. F. – Confesso que a decisão foi muito difícil. Aquilo que me liga ao GDE é muito mais que uma relação de Atleta e Clube. Este foi o clube que acreditou e apostou em mim quando era ainda Júnior. Criei laços muito fortes com todos os que desta família fazem parte. Devo muito à actual direcção do Clube, em particular ao Jorge Pestana e ao Diogo Sousa. Mas achei que estava na hora de aceitar um desafio como o que me foi apresentado pelo Sporting. Quer queiramos quer não ainda há muita comparação com o mundo do futebol e o SCP é um clube com mais impacto. Sai do GDE com a certeza de que honrei sempre a camisola que vesti e que deixo uma porta aberta. E isso deixa-me muito feliz.
R.N – O facto de poder competir em provas internacionais com mais frequência podem fazer-te uma atleta mais completa?
A.M.F. -O Sporting esta época irá disputar a taça dos Clubes Campeões Europeus de Crosse e Pista, no entanto sei que terei que trabalhar muito para merecer um lugar na equipa presente em ambas as competições. A equipa de meio fundo/fundo do Sporting é muito forte e especialmente na pista, não haverá lugar para todas. Cabe-me continuar a trabalhar muito, como tenho feito até aqui e esperar também que sorte me acompanhe esta época. Tudo farei para honrar a camisola que vou vestir.
R.N – O treinador de sempre João Paulo Ferreira vai continuar a acompanhar-te?
A.M.F. – Sim. Essa foi uma das primeiras perguntas que fiz quando fui contactada. Porque existem clubes que fazem algumas exigências em relação aos treinadores. O professor ira continuar a acompanhar-me como tem feito até aqui. Ele tem sido uma peça fundamental no meu sucesso, não tenho dúvidas disso. Continuarei a treinar entre a Nazaré e São Martinho e irei manter os apoios que tenho tido (Physioclem e Barra Talasso), tudo se irá manter igual.
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