“Os dados disponíveis não são fiáveis e não contemplam o montante a receber dos fundos comunitários que irá diminuir a divida em pelo menos 3 M€, logo a possibilidade de ser obrigatório recorrer ao FAM não é de todo verdade”, referem os vereadores Miguel Sousinha e Fátima Duarte.
Ainda de acordo com os vereadores “é de notar a existência de um Plano de Ajustamento Financeiro, aprovado, onde se inclui o PAEL que colocará a divida de aproximadamente 30 M€ num prazo de 20 anos, diminuindo assim a pressão de tesouraria e colocando as finanças do município no caminho da sustentabilidade, ao contrario da adesão a este fundo cujo os prazos não estão definidos mas os aumentos das taxas e tarifas esses sim estão em Lei”.
Para os vereadores do PSD “este instrumento nada trará de valor acrescentado aos já aprovados, PAEL e Plano de Reequilíbrio Financeiro, trará sim mais penalizações sobre os contribuintes, nomeadamente o aumento das taxas e das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos para valores insustentáveis, além dos despedimentos e uma clara ingerência sobre a Autarquia da Nazaré, ao contrário dos instrumentos anteriormente aprovados ainda pela gestão PSD/Jorge Barroso”.
Sobre o passado e as razões que levam a Câmara a estudar formas de financiamento, os vereadores do PSD dizem que “não enjeitamos as nossas responsabilidades politicas sobre a situação financeira do Município, mas na verdade a anterior gestão deixou instrumentos que podem ajudar a solucionar a questão sem onerar ainda mais as populações”.
“Nunca poderíamos votar a favor de um instrumento que vai onerar ainda mais as populações quando é possível resolver a situação com os instrumentos já aprovados anteriormente”.
Sobre a resolução dos problemas do município, dizem os sociais-democratas que “infelizmente não existe uma estratégia que não seja, aumentar taxas e impostos sobre população, a tão aclamada redução da despesa não é visível bem pelo contrario, cortar serviços e apoios é a única coisa que é possível verificar neste balanço de um ano deste executivo, a frase dita em várias entrevista em campanha do atual Presidente da Câmara Municipal “O PS tem propostas para apresentar e resolver o problema da divida da Nazaré” resulta somente em onerar ainda mais as populações através da aprovação destes instrumentos.
Já o Grupo de Cidadãos Independentes pelo concelho da Nazaré, através de António Trindade, também mostrou bastantes reservas sobre FAM e as consequências do mesmo para a autarquia.
Para António Trindade a Câmara perderá a “autonomia”, já que viram gestores de fora para orientar o dinheiro emprestado e a gestão da Autarquia, e as consequências para os recursos humanos também não serão as mais agradáveis, prevendo, o vereador, “despedimentos” e fim de relação “contratual” com alguns dos funcionários atualmente ao serviço da autarquia.
0 Comentários