Ao nível da época balnear, o ano termina com resultados otimistas. Daniel Meco, coordenador dos nadadores salvadores na praia da Nazaré, lamenta o desaparecimento de uma pessoa em zona não vigiada, mas refere que o balanço da época é positivo, também pelas mudanças operadas no comportamento dos banhistas e que contribuíram, também, para os bons resultados.
“As pessoas estão mais respeitadoras das regras e dos sinais dos agentes de segurança”, o que ajuda os vigilantes na tarefa de zelar pela segurança da estância balnear, disse aquele responsável, no balanço da época.
Com a praia totalmente coberta por vigilância, no âmbito de um protocolo realizado com a Câmara Municipal, foi o excesso de pedras que deram à costa que aumentou o número de primeiros socorros prestados a banhistas, este ano.
“As pedras estavam mais longe mas depois de um inverno rigoroso vieram parar mais perto e isto está a provocar ferimentos ligeiros, mas nada de grave, rapidamente resolvidos com a intervenção dos nadadores-salvadores”, explicou Daniel Meco.
Sobre o aumento da área vigiada, Daniel Meco refere que se tratou de um “importante ganho” para a imagem da praia, como estância segura. A retirada do bar Bubas do areal provocou a necessidade criar um posto de vigilância nesse local, e a Associação propôs a criação de mais um, localizado no edifício “Onda” da Nazaré, classificado como “problemático, onde já aconteceram, no passado, acidentes com gravidade”.
Dos registos da associação, verifica-se que a época balnear termina com zero mortes em zona vigiada; um desaparecido em zona não vigiada; 42 assistências a banhistas sem necessidade de evacuamento para hospital; 11 assistências a banhistas com necessidade de evacuamento para hospital; 134 socorros na praia por picada de peixe aranha; 21 buscas de pessoas perdidos na praia; e 31 assistências a pessoas com deficiência, que se deslocaram à Nazaré, uma Praia acessível.
“Vamos tentar manter nos próximos anos, em que também queremos aumentar a bolsa de nadadores-salvadores, dado que, este ano, tivemos uma fraca afluência de candidatos aos cursos”, explicou o responsável, adiantando que é necessária a “profissionalização” da atividade, para que mais gente se sinta motivada à função, assegurada, maioritariamente por jovens estudantes.
A transferência da segurança das praias para a tutela das Câmaras é outra das medidas defendidas por Daniel Meco. “As câmaras asseguravam esta parte e iriam buscar o financiamento aos concessionários. Todos ganhamos com a segurança da praia”.
Além do acordo com a Câmara, a Associação assinou um protocolo de responsabilidade social com a empresa Rosa d´ouro que tem como objetivo apetrechar os vigilantes da praia com meios de salvamento e socorro.
Com a duração de 2 anos, o protocolo traduz-se na atribuição de 15 óculos de sol, 3 malas de 1ºs socorros, uma prancha de salvamento, e vestuário completo para o nadador salvador.
Terminada a época balnear (15/09), a ação da Associação de Nadadores-Salvadores têm-se intensificado no âmbito da sensibilização dos que se deslocam à praia para os últimos raios de sol da época e caminhar junto à água. “Tentamos que as pessoas, muitas delas vindas em excursões, caminhem o mais afastado possível da rebentação das ondas para assim evitarmos acidentes”.
“Vamos ver nos próximos dias se conseguimos, em regime de voluntariado, manter esta ação de sensibilização, para evitarmos acidentes”.
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