“Escrevi este livro porque quero iniciar uma nova atividade na minha vida. Quero ser escritor/autor”, disse o antigo Ministro da Justiça, adiantando: “enriquecer o meu passado mais presente foi o que me levou a escrever este livro”.
Laborinho Lúcio explicou que se trata de “um romance que questiona a verdade e a validade da verdade”, que só poderia ter sido escrito nesta sua fase de vida.
Na estreia ficcional de Álvaro Laborinho Lúcio, a itinerância intelectual, a mobilidade geográfica e social, a diversidade de tipos humanos retratados e a total disponibilidade para melhor os conhecer e compreender derivam certamente do riquíssimo percurso pessoal e profissional do autor: foi juiz, procurador da República, procurador delegado do PGR, inspector do Ministério Público, ministro da Justiça, deputado à Assembleia da República, além de figura tutelar de organizações humanitárias e de cidadania.
Sempre ligado à Justiça, operando num sector da vida pública em que a garantia dos direitos de uns passa pela supressão dos direitos de outros, Laborinho Lúcio presta aqui homenagem aos proscritos e esquecidos da sociedade, e restitui-lhes a estatura humana que lhe é devida.
Ainda no jantar-conferência, o juiz jubilado enalteceu o papel dos rotários, que o convidaram para esta iniciativa, afirmando que são as ações como as destes que “devem ser privilegiadas”.
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