Quase um ano depois das últimas eleições autárquicas, que o PSD perdeu ao fim de 20 anos de governação, Joaquim Pequicho assume como principal desafio da sua direção a definição de um rumo. “É esse trabalho que está a ser feito para ser apresentado dentro de três anos e é nesta perspetiva que tenho vindo a mobilizar simpatizantes e militantes para que participem na estratégia a apresentar ao eleitorado, nas próximas Autárquicas”, explicou.

Sobre o resultado do último ato eleitoral, o social-democrata afirma que terá sido devido “à não identificação das pessoas com o projeto eleitoral apresentado pelo PSD”.

Joaquim Pequicho foi eleito, pela população, para a Assembleia Municipal da Nazaré onde tem vindo a apresentar um conjunto de ideias do que “penso que deve ser a gestão autárquica, para a atual e para o projeto que iremos apresentar, e que passa pela qualidade, eficiência e eficácia dos serviços, pela sustentabilidade dos projetos, e reforço da identidade à tradição”.

“Estamos a fazer um trabalho interno de mobilização dos simpatizantes e militantes para que possam participar de forma ativa no projeto que iremos apresentar”, explicou Joaquim Pequicho, que reconhece tratar-se de “trabalho difícil [em preparação] porque o resultado do último ato eleitoral não foi o que esperávamos”, e ao mesmo tempo um grande desafio, acreditando que irá conseguir apresentar “um projeto que volte a ter a confiança do concelho”.

Sobre a atual gestão (PS) à frente da Câmara, Joaquim Pequicho diz que “é cedo para fazer uma avaliação”, algo que, “antes de mais, deve ser feita pelo próprio eleitorado”.

“Desde a tomada de posse do lugar na Assembleia Municipal da Nazaré, tenho vindo a transmitir a minha disponibilidade para um compromisso”, reforça o social-democrata, admitindo que a situação financeira herdada pela atual gestão é “difícil”, mas frisando que “os instrumentos criados pelo Governo estão a ser trabalhados para o que Município tenha capacidade de gestão”.

“Para fazermos uma análise rigorosa, só depois dos instrumentos de gestão aplicados, poderemos avaliar a capacidade ou falta dela, por parte da atual gestão, para gerir os destinos do Município”, disse.

Joaquim Pequicho considera que “perante o ponto de partida, de uma divida muito elevada, dificuldades de relação com credores, valores de factoring elevados e custos da dívida com peso forte na gestão do Município, não seria correto fazer oposição por oposição, mas antes dar tempo para que o executivo possa fazer aquilo que considera mais adequado ao concelho, dar tempo para que a população avalie se é esta gestão que quer e dar condições ao PSD construir um projeto que vá ao encontro das expetativas da população”.

Sobre o compromisso que o PSD defende para a Nazaré na relação com o atual executivo (PS) Joaquim Pequicho explica que está relacionado com o compromisso assumido pelo PSD com a comunidade.

“Se tivermos uma Câmara bem gerida, a comunidade beneficia. Temos como compromisso de dar qualidade de vida ao concelho e para isso temos que dar tempo ao tempo”, conclui.