Juliana Santos, elemento da comissão de festas do ano 1978, diz que esta festa pela sua história e tradição, é “uma iniciativa importante para a população local e é um festejo que recebe muitos visitantes”.
Os festejos religiosos, com a imagem de Nossa Senhora contam com grande afluência de fiéis.
No decorrer dos festejos e para além dos tradicionais atrativos, uma área de exposição de diversas empresas e associações atraem a população. O ponto alto das festas tem lugar no dia 15 de agosto, com a partida do círio em direção à praia das Paredes. Na romaria, também conhecida como “a festa dos burros” , segue atualmente, o Anjo que canta as loas, o Juiz, a Juíza, dezenas de e carros alegóricos enfeitados com verdura e girassóis e alguns devotos, que percorrem o caminho a pé. Uma vez chegados à praia da paróquia de Pataias, os participantes juntam-se no parque de merendas das Paredes, onde convivem ao logo do dia. Ao final da tarde, e depois da missa e procissão na capela de Nossa Senhora da Vitória, o círio regressa a Pataias, onde é esperado por centenas de pessoas.
Segundo, Tiago Inácio, que escreveu um livro de investigação sobre a Mina do Azeiche, a romaria Nossa Senhora da Vitória, é uma tradição de séculos, que perdura desde a decadência da Vila das Paredes. Não existe, em concreto, uma data de inicio da romaria, embora, tudo indica, que terá começado em meados do séc. XVI, quando em 1536, a paróquia de Paredes é transferida para Pataias. Em 1542, devido á falta de povoação, nas Paredes, a capela deixa de ter missa. Ora, tendo a capela deixado de celebrar missa, os paroquianos ficaram na incumbência, de realizarem uma romagem à Nossa senhora da Vitória.
No entanto, o primeiro registo encontrado, remete para 1650, na qual Frei Francisco Brandão, monge de Alcobaça, informa da existência de “…hua ermida de invocação a Nossa Senhora da Vitória, de muita devoção e romagem a que acode o povo de Leiria todos os anos no dia da Natividade…”
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