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Câmara de Alcobaça desvaloriza saída da Mohave oil do concelho

Paulo Alexandre

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A câmara de Alcobaça desvalorizou a saída da empresa norte-americana Mohave Oil do país e do concelho onde efetuou várias prospeções, sublinhando que, existindo recursos, outras empresas poderão interessar-se pela sua exploração.

“É uma opção que respeitamos”, afirmou Paulo Inácio, presidente da Câmara.

Num comunicado divulgado pelo Diário Económico, a Porto Energy, empresa mãe da Mohave Oil, aponta a inexistência de produção de petróleo e gás em Portugal como a principal razão que impediu a empresa de atrair investidores para continuar a operação e sustentar as elevadas necessidades de capital da exploração, referindo que vai entregar as concessões que detém no país.

Paulo Inácio realçou que a “sempre esteve disponível para colaborar com o Estado e com a empresa”, frisando que o abandono das prospeções em Aljubarrota “têm prós e contras” mas que “havendo recursos eles não vão desaparecer e outras empresas que se interessem pela sua exploração poderão aparecer”.

Já para o presidente da Junta de Aljubarrota, a saída da empresa norte americana “é uma grande perda para o país e para a freguesia” onde nos últimos anos foram feitas prospeções para avaliar se o gás descoberto no subsolo seria em quantidade suficiente para justificar a sua exploração.

“Não consideram a quantidade suficiente e não os podemos impedir de sair, mas é de lamentar”, considerou o autarca, recordando que a empresa “contribuía também para o desenvolvimento da freguesia” onde comparticipou a aquisição de edifícios e adquiriu um terreno “que ofereceu à junta”.

No comunicado citado pelo Diário Económico, a empresa admite não ter conseguido “atrair interesse de investidores nas suas concessões em Portugal” o que considera dever-se “à falta de produção de petróleo e gás” no país.

A Mohave Oil and Gas Corporation detém participações em sete concessões na denominada Bacia Lusitana no Oeste – Zambujal, Cabo Mondego 2, São Pedro de Moel 2, Aljubarrota 3, Rio Maior 2, Peniche e Torres Vedras -, cobrindo uma área bruta de 6.475 quilómetros quadrados.

Em setembro de 2012, a Galp comprou 50% da concessão Aljubarrota-3, por cerca de 3,15 milhões de euros, ficando com a opção de comprar uma participação de 25% em cada uma das outras seis concessões da Porto Energy.

Na mesma data, o Governo – na altura, o então ministro da Economia Álvaro Santos Pereira – anunciou a aprovação de um plano geral de trabalhos de desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos, em que a Mohave Oil & Gas se propunha investir, nos cinco anos seguintes, cerca de 230 milhões de euros.

Segundo o ex ministro, a empresa estimava criar 200 postos de trabalho diretos e centenas de empregos indiretos.

A concessão de Aljubarrota passou em junho do ano passado para a Galp e a partir do final do mês a Mohave irá descontinuar as operações de prospeção em todo o país.

Com a lusa

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