“Vinha agora aí dizer o candidato do CDS-PP, que a dívida é como o colesterol, que faz mal e tem de se combater. Se assim é – aquilo que ele não disse -, é este Governo do PSD e do CDS, com o aumento da dívida nos últimos anos, que deixou os portugueses à beira de um enfarte, tais são os níveis de colesterol”, afirmou João Ferreira, após um jantar, atrasado e emocionado pela derrota do Benfica no desempate por penáltis da final da Liga Europa, diante do Sevilha FC, num restaurante, em Casal da Areia, Alcobaça.
O também eurodeputado “laranja” tinha comparado a dívida externa portuguesa ao colesterol, o qual, quando “está em alta, tem de baixar”.
“Fomos os primeiros, há três anos, a defender uma renegociação da dívida. Surgimos isolados a defender essa renegociação, a dizer que era imperioso renegociar a dívida não apenas nos seus juros e prazos, mas também nos montantes. Hoje é visível que mais setores da sociedade vieram dar razão à nossa posição”, congratulou-se João Ferreira.
O grupo parlamentar do PCP voltou a apresentar uma iniciativa legislativa em abril, na Assembleia da República, mas viu a maioria, juntamente com o PS, a “chumbá-la” novamente.
“Também é visível que estes três partidos continuam amarrados a uma posição de sangrar o país de recursos para alimentar os especuladores e impondo mais sacrifícios ao povo”, lamentou o vereador da Câmara Municipal de Lisboa, como que a citar os autores da canção “Quem Passa Por Alcobaça” – Belo Marques e Silva Tavares e a intérprete Maria de Lurdes Resende -, pois “ninguém passa sem lá voltar? por mais que tente e que faça? é lembrança que não passa”.
O ataque à lista da Aliança Portugal, que reúne PSD e CDS-PP não se ficou por aqui. Pouco antes, João Ferreira citara Paulo Rangel para dizer que este anda “a apregoar que os fundos comunitários vão trazer para o país nos próximos anos milhões e milhões de euros. Ele até fala em 11 milhões de euros por dia a entrar no país.”
“Aquilo que não diz é que só neste ano de 2014 sairão 19 milhões por dia só em juros de uma dívida que não pára de crescer.”
“Não tem credibilidade para propor qualquer mudança quem aponta como caminho para o país o de continuar a alimentar com recursos que saem dos nossos bolsos uma dívida que não pára de crescer”, criticou o candidato. A CDU não desiste e por isso João Ferreira anunciou que irá bater-se “por um programa de renegociação das dívidas públicas que envolva prazos, juros e montantes, nos países em que essas dívidas atingiram montantes insustentáveis”.
Noticia com Lusa
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