A rádio tem um passivo de 150 mil euros e os membros da Comissão Administrativa, que tem António Manuel Vieira como presidente, já anunciaram a sua indisponibilidade para continuarem à frente da Estação.
Se nenhuma direção se formar para os órgãos sociais da Rádio, o funcionamento da estação poderá estar comprometido, tanto mais que os atuais dirigentes anunciaram a intenção de entregar as chaves da empresa logo após o términus do seu mandato.
“A situação continua complicada porque existe um problema de sustentabilidade financeira, relacionado com o mercado publicitário que não tem possibilitado a angariação de receitas que façam face aos encargos financeiros assumidos pela estação, em virtude de empréstimos financeiros contraídos no passado“ explicou António Manuel Vieira.
Os custos com o investimento no equipamento da estação, conseguido através de empréstimo, e outros compromissos mensais, relacionados com o funcionamento da estação, tais como os funcionários e outros encargos, não encontram correspondência na receita mensal que entra na rádio.
A situação financeira e os cenários em aberto foram expostos aos sócios da associação, na reunião realizada no final de março, pela atual equipa diretiva.
A atual equipa dirigente “assumiu estas funções para assegurar o funcionamento da estação e das atividades da Associação, tais como a Meia Maratona Internacional, que se realizou em novembro”, até que se reunissem condições para o surgimento de uma nova Direção.
“Estamos a chegar ao fim do mandato, que termina no dia 15 de abril. Quando chegámos tínhamos, ainda, como objetivo que surgisse uma lista estável para o próximo triénio, com uma estratégia que resolvesse as questões pendentes da estação, o que até à data ainda não aconteceu”, frisa.
António Vieira mantém a esperança de que surja um grupo interessado em manter a rádio, cuja emissão se poderá calar se essa for a vontade da maioria dos sócios da associação.
“Os associados mostram preocupação, gostavam que a associação não entrasse numa situação de paragem das suas atividades, nomeadamente as da rádio, mas ainda não foi possível reunir uma lista de pessoas que queiram tomar conta do destino da estação nos próximos 3 anos”, disse.
“Tenho esperança. Embora até à data ainda não tenha aparecido ninguém”, frisou António Vieira.
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