A decisão do executivo de Walter Chicharro assinar o contrato de empréstimo do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) foi criticada, tendo o deputado da CDU, António Caria dos Santos, recordado que “a candidatura do PS se comprometeu que não iria de forma nenhuma aderir ao PAEL”. “Esta é apenas a primeira traição ao seu eleitorado e à população do concelho da Nazaré, protagonizado pelo executivo de Walter Chicharro, muitas mais se seguirão, tal como sempre afirmámos”, disse ainda. Sobre a justificação do PS para a assinatura do contrato, de que não há alternativa, nomeadamente por causa da falta de verbas para fazer face aos vencimentos dos funcionários, a CDU garante que “a renegociação da dívida, porque parte dela é ilegítima (com o estado Português, com a banca e com os credores) e a responsabilização efetiva de quem provocou a outra fatia da dívida devido a uma gestão absolutamente desastrosa”, são preferíveis, para resolver a situação financeira da Câmara Municipal. A CDU voltou, ainda, a apelar ao PS para que “abandone a estratégia de vitimização pela pesada herança” recebida e “combata, para inverter e rejeitar o estado atual das coisas”. Por seu turno, Walter Chicharro, que já tinha, antes reagido ao comunicado da CDU, com este teor, reforçou que não teve alternativa se não assinar o contrato de empréstimo do PAEL, programa a que aderiu o anterior executivo camarário, liderado por Jorge Barroso. “A Câmara estará a breve prazo impossibilitada de exercer várias tarefas, designadamente pagar salários”, disse o autarca, afirmando que “o PAEL representa, também, um desafogo para várias empresas locais, que poderão manter postos de trabalho. O programa é, também, uma resposta às necessidades das empresas da Nazaré que fornecem a Câmara”. Walter Chicharro admitiu, de novo, que sempre foi contra o PAEL, mas frisou que a informação disponível pela anterior câmara, o levava a acreditar que bastariam novas medidas de gestão para resolver o problema da dívida da Câmara. “Todavia, o emaranhado de problemas e dificuldades financeiras existentes invalida qualquer pretensão de que poderemos encontrar soluções alternativas para resolver o problema”, vincou.