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PSD perde presidência da Câmara

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O PSD registou um dos piores resultados eleitorais das últimas décadas, só superados pelas eleições de 1976, em que obteve 1.023 votos e, de 1989, com 1.605 votos. De 3.837 votos, obtidos em 2009, o partido terminou o escrutínio de 29 de setembro com 1.657 votos.

Miguel Sousinha disse-se surpreendido com a votação, na noite eleitoral, tendo afirmando que existiam, na altura, indicadores que deixavam antever outros resultados.

O próximo vereador do PSD no executivo camarário de maioria socialista agradeceu o voto à população e pela “forma como nos acolheu na campanha”, tendo também felicitado o Partido Socialista pela vitória.

“Sempre afirmei que a população saberia decidir legitimamente os seus representantes para os próximos quatro anos. Durante 20 anos a população depositou no PSD essa confiança. Neste ato eleitoral, a população entendeu que era altura de mudar e votou para que isso acontecesse, embora com um nível de abstenção preocupante, que nos deve levar a uma reflexão”, afirmou o social-democrata, no rescaldo dos resultados.

Miguel Sousinha admite que “o grande derrotado nestas eleições é o Partido Social Democrata”, assumindo “total responsabilidade pelos resultados obtidos”.

Sobre o que ditou este resultado para o partido, Miguel Sousinha refere vários fatores “nacionais e locais”.

“A população quis, claramente, penalizar as promessas não cumpridas, o endividamento gerado, e “continuidade”, pela equipa que se apresentou, onde não foi visível uma forte renovação como era ambicionado pela população”, disse o socialista-democrata, acrescentando estes fatos não retiram “mérito do Partido Socialista, que utilizou as suas armas, e conseguiu fazer passar uma mensagem, muitas vezes deturpada da verdade, mas obviamente legitima numa forma de fazer política”.

Miguel Sousinha endereçou “votos de sucesso à nova equipa”, que irá tomar posse nos próximos dias, manifestando o desejo de que “as promessas que o Partido Socialista fez ao longo dos últimos meses sejam uma realidade nos próximos quatro anos”.

“Os dados eram conhecidos de todos. Não vale a pena nos desculparmos com o passado, com a divida, etc. Todos nós conhecíamos a realidade.

Espero, sinceramente, que o próximo executivo não se refugie no passado, e contribua, com isso, para o descredito da politica local”, afirmou, acrescentando que do PSD sairá “uma oposição de responsabilidade”, com contributos para o “crescimento e desenvolvimento do concelho” e na defesa do “interesse coletivo da população do concelho”.

Trindade contente com os resultados

Por sua vez, António Trindade, pelo Grupo de Cidadãos Independentes,

que se manterá no executivo como vereador na oposição, referiu, em

relação aos resultados eleitorais das ultimas eleições autárquicas do Concelho da Nazaré, que “foram muito positivos para o G.C.I.C.N.”

“Com as exigências administrativas para constituição deste Grupo de Cidadãos e as limitações financeiras disponíveis ao nosso alcance, em comparação com outras candidaturas os resultados foram extraordinários”, frisou António Trindade.

Segundo o vereador, a candidatura que apresentou a sufrágio “navegou com uma embarcação com um grande arrombo no casco, e com agravante debaixo de um temporal/ciclone, que conseguiu chegar a bom porto, graças à confiança depositada pelos eleitores humildes deste Concelho”.

CDSPP

O CDSPP, que não conseguiu eleger qualquer elemento para o executivo camarário, felicitou o Presidente eleito, Walter Chicharro, a quem desejou “o maior sucesso nos trabalhos que se seguem e que isso se traduza em crescimento para o concelho da Nazaré e melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes”.

“Assumo os resultados menos positivos que alcançamos no passado dia 29 de Setembro, na íntegra e em exclusivo”, disse Joel Vitorino, o candidato do CDSPP à presidência da Câmara.

Sobre o seu partido, apesar do ligeiro crescimento do CDSPP nas eleições autárquicas, Joel Vitorino disse que existe uma margem grande para o crescimento do trabalho e invariavelmente para o melhoramento substancial dos resultados”.

“O trabalho desta candidatura não se esgotou no dia de eleições e agradecendo a cada uma das pessoas que depositou a sua confiança no nosso trabalho comprometo-me a defender aqueles que são os melhores interesses das pessoas do Concelho da Nazaré”, rematou o candidato.

Nazaré Viva

Alberto Madaíl, candidato do Nazaré Viva, disse que o resultado das eleições expressam o “desejo de mudança na gestão autárquica e protesto contra a política do governo estarão seguramente entre as principais”.

Sobre o “NazaréViva – Movimento de Esperança”, que concorreu a todos os Órgãos Autárquicos do Concelho, Alberto Madaíl disse que teve “como motivação a salvaguarda dos interesses e valores da população, interpretando a desilusão e o descontentamento para com os políticos que nos desgovernam”.

“Reduzir a abstenção e alterar o modelo de gestão autárquico foram dois objetivos traçados pela NazaréViva que não foram atingidos, pelo que consideramos, haver futuramente necessidade de uma maior atenção para o fenómeno da preocupante abstenção e redobrada atenção para a urgente alteração do modelo de gestão, fundamental para a moralização da política, para a atração do investimento privado e consequente criação de emprego para todos”, disse

Quanto aos resultados, Alberto Madail classifica-os de “satisfatórios para alguns analistas em virtude do pouco tempo de existência, embora aquém das nossas fundadas previsões”, ressalvando o tom da campana “exemplar de que me orgulho pessoalmente”.

O Movimento considera que foi cumprida a obrigação cívica ao ter apresentado ao eleitorado “uma equipa de pessoas competentes e honestas, reconhecida por todos, disposta a prestar um real serviço público à população do nosso Concelho, pessoas de carácter que repudiam qualquer tipo de manobras imorais e ilegais para comprar o voto, tais como promessas de emprego, boatos e mentiras para descredibilizar adversários, distribuição de comida (lamento que não aconteça todas as semanas) e valores oferecidos a cidadãos eleitores, com um único objectivo, o de obter o voto”.

Menos positivo foi o que classifica de “escandaloso assédio no perímetro das assembleias de voto, praticado por algumas candidaturas, aos votantes”.

Sobre o futuro do movimento NazaréViva, Albero Madail garante que “continuará firme na defesa do interesse público e dos valores do Concelho, não permitindo o esbanjamento de recursos financeiros públicos em cargos políticos virtuais, exigindo moderação, transparência e rigor no uso do nosso dinheiro, condenando veementemente a atribuição indevida e desnecessária de salários chorudos a pseudo assessores e colaboradores como forma de pagamento por serviços prestados em campanha eleitoral”.

“Os resultados eleitorais mostram um forte protesto contra o executivo local e governo nacional, mas também exigem uma correção das práticas abusivas do uso dos dinheiros públicos, estaremos atentos à ação do futuro executivo nesta matéria em particular”, remata o movimento.

CDU

Do lado da CDU, o balanço das eleições é “positivo”, com o “reforço da representação da CDU na Assembleia Municipal, contando agora com dois deputados municipais para dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido durante o último mandato neste órgão”.

Para a Câmara Municipal, embora ainda sem qualquer representante eleito, João Delgado refere “ as subidas consecutivas” da coligação, que “refletem a fidelização de um eleitorado que não se esvazia, pelo contrário, vai fazendo um caminho estruturado e consistente, construindo um futuro sólido e promissor”.

Embora ausente da Assembleia de Freguesia da Nazaré, João Delgado mostra-se satisfeito com os resultados pois a Coligação não elegeu um deputado por apenas dois votos, tendo sido “por muito pouco que a representação fundamental da CDU não se concretizou”.

A maior queda para a CDU, em termos de votação, relativamente às eleições de 2009, foi para o órgão Assembleia de Freguesia de Valado dos Frades, ainda assim, “mantivemos a nossa representação com um deputado eleito”, refere o mesmo dirigente, que relativamente a Famalicão, afirma que “só o facto de termos apresentado lista para a respetiva Assembleia de Freguesia já foi uma vitória para a CDU”.

“A CDU sai mais uma vez deste processo eleitoral com a cabeça bem levantada e com a sua dignidade reforçada. O trabalho feito durante os últimos 4 anos garantiu-nos isso mesmo”, diz João Delgado que fala de uma “campanha eleitoral modesta mas séria” da parte da coligação, em sinal de respeito pela população, que “por estes dias, vai passando dificuldades que só encontram paralelo no período do pós 2ª Guerra Mundial, em plena ditadura fascista”.

João Delgado critica, ainda assim, a desproporcionalidade de meios usados nesta campanha em que “as consciências iam sendo formatadas pelo número de jornais gratuitos que iam chegando a casa de todos os munícipes, pela quantidade absurda de cartazes e outdoors, pelos porcos no espeto, sardinhadas e jantares gratuitos que as grandes máquinas partidárias foram oferecendo à população em troca do seu voto”, a que acrescem, diz a CDU, “promessas absurdas e infundadas”.

João Delgado congratula-se, ainda, com os resultados da coligação a nível nacional, em que a “CDU foi a única força política que conseguiu mais votos, mais câmaras e mais mandatos do que há quatro anos”.

A coligação garante que já está no terreno “a trabalhar noutras lutas”.

MPT As eleições na Nazaré deram a vitória ao Partido Socialista nos vários órgãos autárquicos, pelo que António Salvador, cabeça de lista à Câmara pelo MPT, afirmou “felicito o partido vitorioso e o seu líder, Walter Chicharro. A política do ainda presidente Jorge Barroso, que tem prota-gonizado o PSD local durante os últimos 20 anos, foi derrotada. Jorge Barroso, apoiado pela actual concelhia do PSD, tem praticado uma forma de gerir a Câmara que há muito não considero ser a linha ideológica nem a gestão original do PSD e da Social Democracia que defendo. É antes a gestão municipal de um homem, concentrada no presidente da câmara, que foi amplamente derrotado nestas eleições, inclusivamente porque o PSD teve pior resultado onde foi candidato do que nos restantes órgãos autárquicos (caso da Câmara e, sobretudo, da Junta de Freguesia da Nazaré). Creio que esta situação revela que a população quis rejeitar a política que foi seguida durante estes 20 anos. Revela também que a população se concentrou no Partido Socialista (como voto útil), como forma de garantir a mudança e por achar mais eficaz a vitória de uma só força e assim conseguir afastar a política de Barroso. No entanto, devo referir que há inúmeros casos que me chegaram de pessoas que não compreenderam os resultados e que pensavam estar a votar no António Salvador quando votaram PSD para a Câmara Municipal da Nazaré, inclusive alguns que são meus familiares ou amigos. Sei que dei a cara pelo PSD durante anos, em várias campanhas eleitorais, e não consegui fazer passar a mensagem de que era candidato Independente pelo MPT, o que prejudicou muito a minha candidatura e da equipa fantástica que se juntou a mim neste projecto.” Considero que a população entendeu concentrar os votos num só partido para conseguir afastar esta política, para conseguir afastar a equipa de Barroso, que tem gerido a câmara nestes vinte anos. Tenho de concordar com a população. Não posso deixar de o fazer, ainda que isso não corresponda aos resultados que pretendia para a minha candidatura e do MPT. Mas era necessário afastar esta gestão, e isso está feito.”

BE

A candidatura do Bloco de Esquerda, por seu turno, admite que “não conseguiu duplicar a representação, elegendo na Assembleia de Freguesia de Valado dos Frades e na Assembleia Municipal do concelho”.

“Não se conseguiu, aumentar a votação como se pretendia, mas continuaremos a defender o interesse comum, com mais garra e mais eleitos”, referiu Fábio Salgado para quem o destaque deste ato eleitoral foi “a forma como a população nazarena quis penalizar o PSD e os seus candidatos, como resposta às tentativas que a direita fez de privatizar todo o espaço público”.

“Quem ganhou, portanto, foi a população e o serviço público, assim esperamos. Ficou provado que a Nazaré não quer que as águas sejam entregues ao domínio do lucro; que não quer contratos abusivos como o que foi feito com o anterior (e actual?) gestor dos Serviços Municipalizados, por aí fora…”, acrescentou.

Sobre o novo executivo, o BE espera que “seja capaz de fazer uma Auditoria às contas da Câmara” e que “seja implementado o Orçamento Participativo”.

Relativamente à Nazaré, o Bloco diz que é importante a criação de emprego e a concretização do Plano de Reabilitação Urbana “que possa ajudar a desenvolver o município”.

Quanto à atividade do partido, Fábio Salgado anunciou o regresso ao trabalho pelas três freguesias do concelho no início do próximo ano.

“O Bloco de Esquerda na Nazaré está com mais força na defesa do concelho. E o concelho está mais forte sem o peso da mancha laranja que já estrangulava o desenvolvimento”, remata o BE em reação aos resultados das eleições autárquicas.

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