Na Nazaré, a localização da “foz” foi sofrendo transformações, quer naturais, quer devido à ação humana. Ao sul da vila, na “Foz”, praticava-se a pesca da enguia e de outros “peixes do rio”, utilizando-se o “barco da lagoa” e os respetivos apetrechos – galrichos, sertela, boqueirões ou tarrafas.
Por outro lado, “a Foz” era também um espaço de lazer, proporcionando momentos de entretenimento, festa e diversão. Aí se realizavam passeios de barco, piqueniques, festas nos Santos Populares. Os mais pequenos aproveitavam as águas calmas para nadarem; convivia-se no restaurante “Lobos do Mar”; a mulher aí lavava as esteiras da casa e os cabos-de-mar ministravam conhecimentos profissionais.
Com a construção do porto de abrigo da Nazaré, inaugurado em 3 de setembro de 1983, foi necessário desviar a foz para sul, o que provocou alterações significativas nas vivências do quotidiano das gentes da Nazaré.
É a modernidade em contraponto com a tradição. É fundamental conhecer os alicerces da identidade cultural; daí a importância de iniciativas que visem a aproximação física e emocional ao património, contribuindo, assim, para o seu conhecimento e divulgação, recuperando este aspeto da memória coletiva.
Passeio Cultural “Memórias do rio Alcoa – da nascente até à foz”
21 setembro (sujeito a inscrição prévia)
Percurso acompanhado por: Eng. Pedro Tavares, na área da hidrografia, e Dra. Ana Hilário, historiadora da Câmara Municipal da Nazaré.
14 horas – Encontro no Museu Dr. Joaquim Manso, com visita ao Objeto do Mês, “Barco da lagoa”
14.30 horas – Partida para Alcobaça: visita à nascente do rio
(Chiqueda) e ao seu leito, na cidade
16 horas – Regresso à Nazaré. Visita à “foz” do rio Alcoa
17 horas – Visita à exposição “Porto de Abrigo – a aspiração de um povo”, no Centro Cultural da Nazaré
18.00 horas – Encerramento no Museu Dr. Joaquim Manso
As inscrições, gratuitas, devem ser feitas até 19 setembro, junto do Museu Dr. Joaquim Manso – telf. 262 562 802 ou e-mail mjmanso@drcc.pt ou ainda pela nossa página no Facebook.
0 Comentários