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Enchente de Turistas no mês de Agosto salva negócio do aluguer de Quartos e Apartamentos

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Milhares de veraneantes voltaram à Nazaré para gozar um período de férias ou de descanso. Como em anos anteriores, a marginal foi testemunha da enchente de turistas que, por esta altura do ano, deverão ascender aos 80 mil.

O negócio do aluguer de quartos e apartamentos viveu um mês de agosto desafogado, o da comida também teve resultados animadores, mas o das barracas de praia esteve mais fraco.

Das 1560 coloridas barracas instaladas no areal, negócio explorado por quatro dezenas de banheiros, muitas ficaram vazias durante grande parte do tempo, tendo o negócio registado uma quebra relativamente ao ano passado.

“Em 2012 não haviam barracas vazias aos fins de semana de verão. Este ano notou-se que estavam mais pessoas, mas com chapéus de sol e corta ventos”, disse Alzira do Carmo, há vários anos no negócio do aluguer de sombras de praia.

Na escolha das sombras de praia, a maioria dos turistas “prefere as barracas que estão viradas para norte, talvez por serem mais abrigadas”, diz esta nazarena.

Também o tempo de estada na Nazaré tem vindo a sofrer mudanças, ao longo dos anos. “Quem vem, procura a sombra da barraca por três dias, quando antes eram mais turistas a ficar por quinze dias”, refere Alzira do Carmo, que fala em “mais barracas, a sul, vagas do que no ano passado, ano em que, durante vários fins de semana, não existiram barracas para lugar, o que ainda não aconteceu este ano”.

O Ribatejo e o norte de Portugal, assim como várias cidades de Espanha, são a origem da maioria dos clientes deste negócio antigo, na praia da Nazaré.

Conceição Batista classifica de “fraco” o verão deste ano. “Está muita barraca por alugar”, refere.

O mês de Agosto animou a partir da segunda semana, com a chegada dos emigrantes, mas “o mês de julho foi de quebra”, diz esta banheira, que fala em “menos 60% de barracas alugadas” este ano, da sua parte.

João Manuel, outro banheiro, há mais de dez anos neste negócio, diz que, “para o esperado, a coisa animou”, mas admite que ficaram muitas barracas por alugar.

O anúncio de que este seria um verão fraco em temperaturas e instável ao nível do estado do tempo não afastou, ainda assim, os clientes tradicionais da praia da Nazaré, que chegam um pouco de todo o país, uns “pela tradição”, outros “pela amizade que ganharam à terra e às pessoas” a quem alugam casa e outros ainda pelo “gosto” pela Nazaré.

No negócio dos quartos, Orlanda Veríssimo, diz que “foi melhor do que no ano passado”, acrescentando “nunca vi tanta gente na Nazaré como este ano”.

Chegam de todo o país, mas as estadas estão a ser reduzidas aos três dias. “Dá mais trabalho”, diz a nazarena, que se mostra, ainda assim, satisfeita com o negócio.

Os apartamentos começam a ser cada vez mais procurados pelas famílias mas os quartos continuam a ter grande saída para o período de descanso, que continua a ser feito em agosto, o mês das preferências de uma maioria.

“Foi bom em agosto e mais fraco em julho”, refere Ana Palmira, mais uma das várias mulheres que trabalham no aluguer particular de quartos e apartamentos.

“As previsões eram negativas, mas as pessoas apareceram. Há mais turismo de qualidade”, refere Ana, outra chambrista.

“A Nazaré está a ser muito procurada. A vinda de McNamara e a divulgação a nível mundial da terra, através do projeto [North Canyon] ajudaram” a que mais gente tenha vindo conhecer a terra das ondas grandes, diz esta nazarena, para quem este negócio tem futuro desde que “ofereça qualidade e simpatia na abordagem do turista”.

“Não podemos impor nada. Temos que ir ao encontro do que nos é pedido pelo turista”, é a receita de Ana para o sucesso do negócio que conduz.

A Nazaré foi o primeiro Município do país a legalizar a atividade do aluguer de quartos. É dele que muitas famílias da Nazaré ganham dinheiro para sobreviver o resto do ano.

O aluguer de quartos ou de casa na Nazaré é uma tradição com algumas dezenas de anos e que começou como complemento à atividade piscatória.

O mar era o sustento da maioria das famílias nazarenos, mas os invernos rigorosos não permitiam que os pescadores fossem ao mar e o verão, com o aluguer de quartos aos turistas, passou a ser uma solução de sobrevivência.

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