As atividades tiveram início com um colóquio em que foram debatidos diversos temas.

“O vinho na cultura dos portugueses” foi o primeiro tema a ser exposto, pela voz de Vasco d’Avillez, presidente da comissão vitivinícola da Região de Lisboa.

Vasco d’Avillez referiu que o vinho tem uma “importância basilar na cultura dos portugueses”, mesmo que não seja regularmente consumido, frisando, ainda, a importância de Alcobaça no que toca à produção de vinhos de qualidade, caraterizando a região como “fundamental e

exemplar” nesta matéria.

Já José Lopes, professor no Instituto Superior de Agronomia, referiu-se à problemática das alterações climáticas e nas estratégias de adaptação para uma boa colheita vitícola.

“Nos últimos 30 anos há redução de disponibilidades hídricas e aumento da temperatura, o que tem repercussões na maturação das vindimas – tornando-se mais rápida e precoce”, disse.

Quanto às adaptações, José Lopes aponta a tecnologia como um auxiliar imprescindível, bem como tomar atitudes segundo cada casta e deixar a ciência intervir com os seus estudos para um conhecimento mais aprofundado da vinha.

Pedro Marques, outro orador do colóquio, falou dos vinhos de cultura biológica, da sua produção e comercialização.

Segundo o especialista, o vinho branco é o mais procurado pelos estrangeiros, o que mostra que “os costumes variam de região para região e que os produtores se devem adaptar às diferentes situações”.

Helena Luzio, por seu turno, abordou o tema “vinoterapia”, tratamento que consiste numa massagem com uvas.

Além desta massagem, os benefícios do consumo de vinho tinto, que age como um antioxidante natural, (quanto mais escuro, mais antioxidantes tem), foram outras qualidades evocadas pela especialista.

Seguiu-se uma visita às vinhas da região, e um show cooking com o chefe Ricardo Raimundo, e depois a prova de vinhos.

À noite, assistiu-se à atuação do arcadia quartet da Roménia, no Mosteiro de Santa Maria, a que se seguiu uma wine party, no jardim da Biblioteca Municipal de Alcobaça.