O processo de expropriação movido pela Câmara está no impasse desde 2009, altura em que o proprietário dos prédios, que ocupam a quase totalidade da rua, interpôs, em Tribunal, uma providência para impedir a perda do património.
A CDU considera que o caso é o resultado de “um erro de gestão grave da Câmara”, adiantando que a “autarquia deveria ter procurado uma concertação com Raimundo e Maia”, proprietário dos armazéns em ruina, antes das obras de requalificação terem tido início.
A obra da requalificação da envolvente ao Mosteiro de Santa Maria, assinada por Gonçalo Byrne, foi inaugurada a 20 de agosto de 2005, e passados mais sete anos, a degradação dos prédios acentuou-se, e a solução tarda em chegar.
“É um dos problemas urbanísticos mais graves da cidade”, refere Rogério Raimundo.
“Assistimos à chegada dos turistas, encaminhados pelos seus guias ao Mosteiro, e deparam-se com aquela vergonha permanente, que vai custar uma indemnização choruda à Câmara”, lamenta o vereador da oposição na Câmara de Alcobaça.
Já decorreram mais de dois anos e meio sobre a expropriação, mas os terrenos continuam na posse do empresário, que interpôs uma ação judicial no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria contra o Município de Alcobaça, alegando prejuízos causados pelas obras de requalificação urbana da zona envolvente ao Mosteiro.
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