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Fernando Costa vai concorrer à Câmara Municipal de Loures

Francisco Gomes

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O presidente da Câmara das Caldas deu o dito por não dito e revelou no passado sábado que vai concorrer à Câmara Municipal de Loures. O social-democrata afirmou ter aceite ser candidato para demonstrar que é possível melhorar a gestão municipal do concelho sem agravar os impostos à população.

A mensagem de aceitação de candidatura pelo PSD foi colocada no seu Facebook. “Nos últimos três meses, diversos amigos e muitas outras pessoas que ainda não tenho o prazer de conhecer pessoalmente pediram-me, insistentemente, que me candidatasse à presidência da Câmara Municipal de Loures. Depois de ouvir o coração decidi aceitar”, manifestou Fernando Costa, explicando que “fi-lo com a consciência do enorme desafio que, em conjunto com os habitantes do concelho de Loures, tenho à minha frente. Fi-lo pelas grandes dificuldades pelas quais passa o município e a população de Loures. Fi-lo porque estou certo de que, em conjunto, conseguiremos vencer todas as adversidades”.

“Vou, com a minha experiência e determinação, dar o meu melhor e lutar, com ajuda de todos, para que a população de Loures tenha uma Câmara gerida com mais rigor, mais verdade e sem estar refém de quaisquer interesses partidários. Vou para que Loures deixe de ser um município onde se paguem impostos e taxas municipais dos mais altos do País. Vou para que Loures deixe de ser um município endividado. Vou para que Loures possa progredir mais e melhor”, sublinhou o autarca caldense, que está impedido de concorrer nas Caldas da Rainha devido à Lei da Limitação de Mandatos (alcançou sete vitórias consecutivas e é presidente há 27 anos).

Em agosto do ano passado, Fernando Costa, desmentiu ir concorrer à autarquia de Loures nas próximas eleições autárquicas, como avançava a revista Visão, segundo a qual seria candidato (a candidato) à presidência. “Tenho que considerar a notícia um “elogio” face à importância deste concelho, o 5.º maior do País. Confesso que até seria o desafio mais empolgante ao fim de 40 anos de vida política (iniciada antes de 74). Embora conheça bem Loures, onde tenho muitos amigos, esta notícia não tem qualquer fundamento o que me obriga a dar este esclarecimento a todos os meus amigos e principalmente a todos os que me têm felicitado”, comentou na ocasião Fernando Costa.

“À revista direi que lamento a notícia, agradecendo a “promoção” (talvez porque nas Caldas as pessoas pagam muito menos, entre os 20% e 30% , de taxas e impostos municipais, do que em Leiria, Lisboa e Loures e é uma Câmara praticamente sem dívidas)”, declarou na altura.

Agora, o autarca justificou que “estimula-me a manifestação de unanimidade entre dirigentes social democratas mas dão-me especial força e confiança as manifestações de incentivo que tenho recebido dos mais aos menos jovens habitantes do concelho de Loures”.

“Sei que tenho pela frente uma das maiores autarquias do País, com graves problemas por resolver e, quase sempre, esquecidos pela Câmara e pelos Governos, ao longo dos anos. Por isso, não vou dar descanso a quem se tem esquecido de Loures. Por isso, não vou dar descanso a quem não se preocupa com Loures. Por isso não vou dar descanso a este Governo. Como tenho, desde há muito defendido, a população tem de estar sempre em 1.º lugar neste momento de grave crise económica e social. Loures não é exceção”, apontou Fernando Costa.

Já em tom de pré-campanha, o edil avançou que “conto com todos e todos contam comigo para juntos, independentemente de escolhas partidárias, tornarmos Loures um concelho mais forte, sustentável e solidário”.

Uma realidade bem diferente

Em Loures, Fernando Costa vai encontrar uma realidade bem diferente. Tendo-se mostrado sempre avesso à constituição de empresas municipais nas Caldas da Rainha, por achar que constituíam uma despesa desnecessária, em Loures Fernando Costa vai encontrar duas empresas municipais – a Gesloures e a Loures Parque.

A Gesloures gere os equipamentos sociais do Município, nomeadamente a piscina municipal de Loures, o complexo de piscinas municipais de Santo António dos Cavaleiros, o parque desportivo de Sacavém, a piscina municipal de Santa Iria de Azóia e a piscina municipal da Portela.

A Loures Parque é a empresa municipal de estacionamento, administrando zonas em Loures, Portela, Moscavide, Prior Velho e Sacavém.

Tem quase quatro vezes mais habitantes que o concelho das Caldas, chegando, segundo os últimos Censos, a 205 mil. O município está dividido em três grandes áreas: a rural, para o norte (compreendendo Lousa, Fanhões, Bucelas, Santo Antão do Tojal e São Julião do Tojal); a urbana, a sul (Frielas, Loures e Santo António dos Cavaleiros); e a industrializada, a oriente (Apelação, Bobadela, Camarate, Moscavide, Portela, Prior Velho, Sacavém, Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Unhos). Ao todo são 18 freguesias, mas existe um movimento que defende uma divisão do concelho, centrado em torno da cidade de Sacavém, defendendo a criação do concelho de Sacavém, formado pelas dez freguesias da zona oriental do atual concelho de Loures. Não é um movimento novo, datando já desde a implantação da República, mas ganhou novo fôlego com a criação do concelho de Odivelas.

Os resultados eleitorais nas últimas autárquicas ditaram 6 eleitos do PS na Câmara, 3 do PCP/PEV e 2 do PSD. Na assembleia municipal, o PS tem 16 eleitos diretos, mais 13 presidentes de juntas de freguesia (o que lhe confere maioria absoluta), o PCP/PEV 9 eleitos mais 3 presidentes de junta, o PSD 6 mais 2 presidente de junta, o CDS/PP e o BE 1 eleito cada. O cargo de Presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Carlos Alberto Dias Teixeira, eleito nas eleições autárquicas de 2009 pelo Partido Socialista, tendo maioria absoluta de vereadores.

O concelho compreende duas cidades: Loures (elevada a cidade em 9 de agosto de 1990) e Sacavém (elevada a cidade a 4 de junho de 1997) e sete vilas: Bobadela, Bucelas, Camarate, Moscavide, Santa Iria de Azóia, Santo António dos Cavaleiros e São João da Talha.

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