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Debate organizado pela CDU

Hotelaria e Restauração apreensivas com aumento do IVA para 23%

JL

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A Hotelaria e Restauração no concelho da Nazaré foi o tema do debate, organizado pela CDU, que decorreu no sábado, 17 de dezembro, no Casino Salão de Festas, e que contou com a participação do deputado do PCP na Assembleia da República, Agostinho Lopes.

As alterações nos impostos, aplicadas a estes dois setores da economia, e as dificuldades que deverão criar aos negócios foram o motivo deste debate, numa vila onde uma grande fatia do comércio aberto se dedica à restauração.

Miguel Sousinha, empresário da hotelaria, disse que tanto “o aumento da carga fiscal para as famílias como a subida do IVA dos para os 23% , previstos no Orçamento de Estado para 2013, são preocupantes”.

A nova carga fiscal “vem juntar-se a outros fatores, que têm vindo a agravar-se nos últimos anos, nomeadamente a subida dos custos do gás e da electricidade”, que nos início do próximo sofrerão novo aumento.

“Tudo junto tem contribuído para a diminuição dos rendimentos e da vitalidade do setor”, disse Miguel Sousinha.

Por sua vez, António Hilário, presidente da ACISN – associação comercial, industrial e de serviços da Nazaré, referiu que “todos os comerciantes estão a sofrer consequências com as alterações nos impostos” e com a quebra do poder de compra dos consumidores.

“Desde o início do ano já tivemos a desistência de 21 associados, por encerramento. No universo de 400 associados, 21 desistiram”, disse, adiantando que “o IVA e o poder de compra têm grande influência” nestes números apresentados.

António Hilário disse, ainda, que “há associados que falam em perdas na ordem dos 70% de rendimento do negócio. Há ainda quem se lamente de nos últimos dez dias não ter faturado nada em virtude de nenhum cliente lá ter entrado para fazer compras”.

Já Agostinho Lopes lembrou que o “setor tem uma importância decisiva sobre o nosso principal exportador, o turismo”, adiantando que “45% do consumo do turismo é feito na restauração, e o restante nos outros sub-setores, como a hotelaria, o que se traduz numa exportação de 3,15 mil milhões de euros anuais”, pelo que o aumento do IVA é mais uma “agressão” há já fraca situação desta área económica.

O setor enfrenta vários problemas, que se podem agravar no início do próximo ano, com a entrada em vigor dos novos impostos, “colocando em risco 40 mil empresas (micro e pequenas empresas), 90 mil postos de trabalho, e prejuízos para o estado de mil milhões de euros, segundo um estudo da ARESP.

“Estamos perante um absurdo do ponto de vista de decisão política”, referiu o deputado, adiantando que “ninguém percebe a razão de se insistir nela”.

“O primeiro grande problema é o fraco poder de compra dos portugueses (99% vivem do poder de compra dos portugueses); os restantes dizem respeito aos custos do gás e da energia; as taxas pagas pelos restaurantes pela utilização dos cartões de crédito ao Banco; a linha de crédito específica para este setor e a moratória (mecanismo que já existiu) que permita às empresas o que devem de uma forma moderada e acessível à sua própria produção e rendimentos”, disse o deputado do PCP.

O PCP tem vindo a abordar este assunto, desde a subida do IVA dos 13 para os 23% ,e já apresentamos propostas evitar a sua aplicação, mas “a resposta do governo a toda a luta, designadamente dos empresários, foi a criação de um grupo de trabalho”.

Na assistência, alguns empresários da restauração, que assistiram ao debate, manifestaram-se apreensivos com o futuro.

Frederico Caneco, dono de um restaurante na praia, disse que estas “medidas vão destruir o setor da hotelaria e restauração, assim como as pequenas e micro empresas”.

“O tempo em que os nazarenos trabalhavam no verão para o inverno já lá vai. Agora, trabalham-se dois meses (verão) para pagar dívidas”, disse o empresário que já teve 9 empregados, mas que, agora, apenas mantém dois.

Segundo o empresário, “ao contrário do que diz o governo, o IVA não aumenta de 13 para 23% . Os encargos aumentarão 60% , pois além do IVA, há os custos da energia, gás, água, e segurança social”.

Outro empresário referiu que “a crise vai ser maior do que a que se fala”, prevendo que “entre 50 a 60% das pequenas e médias empresas vão encerrar no próximo ano”. “É urgente baixar o IVA. Com esse valor, ninguém vai conseguir sobreviver”, alertou.

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