Ciclo de Seminários sobre Educaçao, Trabalho e Empreendedorismo na Biblioteca Municipal da Nazaré

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Teve início, no passado dia 9, na Biblioteca Municipal da Nazaré, o Ciclo de Seminários sobre Educação, Trabalho e Empreendedorismo, que abriu com o debate “Ser Trabalhador e ser empreendedor em tempo de crise”, que contou com a participação de Carlos Silva (UGT) e de Carvalho da Silva, antigo Secretário-geral da CGTP-in.

Carlos Silva, dirigente sindical da UGT Coimbra, apontado como o próximo Secretário-geral da UGT, falou de “Trabalho e Lazer em Tempos de Crise”.

“Somos um país deprimido, o 3º em desemprego, onde as expetativas mais optimistas do Governo nos deixam à beira da depressão”, disse.

O dirigente sindical lamentou, depois, que por causa dos tempos difíceis que se vivem, o “trabalho ser algo que nos está a ser retirado”, adiantando, de seguida, que mesmo com esta crise “temos direito ao lazer, assim como ao salário condizente com as funções desempenhadas”.

O sindicalista alertou, depois, a plateia para as novas ameaças que se colocam a direitos conquistados pelos portugueses.

“Estamos na iminência de perder direitos do Estado Social, como o Serviço Nacional de Saúde, a Proteção Social na Reforma e a Escola Pública, três pilares de que os sindicatos não abdicarão”, afirmou, apelando à importância de se manter, pois, o “diálogo social”.

Por sua vez, Carvalho da Silva, histórico dirigente nacional da Intersindical, falou da forte utilização, atual, do conceito “empreendedor” como solução para a resolução de todos os problemas do mercado de trabalho e da economia.

“A questão que se devia colocar é a das pessoas terem iniciativa, mas no sentido da intervenção social”, frisou.

Apesar da força colocada na capacidade empreendedora dos portugueses, tantas vezes geradora de novos empregos, Carvalho da Silva disse que “por muita iniciativa individual para a criação de empresas e de trabalho, a esmagadora maioria das pessoas continuarão a ser trabalhadoras por conta de outrem”.

“Precisamos de trabalhadores criativos e motivados no sentido de assumirem as suas capacidades de trabalho e de terem um atitude responsável na sociedade”, sublinhou, adiantando que “não há soluções no plano individual se não houver resposta no plano colectivo”, ao nível da criação de trabalho e geração de riqueza.

Sobre a importância do trabalho e do tempo livre para o lazer, Carvalho da Silva disse que, nesta fase de crise mundial da economia, o “tempo do não trabalho é tão importante quanto o de trabalho”.

O próximo debate falará sobre “Trabalho, Dignidade e Valor da Pessoa”, e está agendado para o dia 16 de janeiro, às 17h30, na Biblioteca Municipal da Nazaré.

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