Vereador António Trindade renuncia ao meio tempo

Clara Bernardino

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Na reunião de Câmara pública de 01 de Outubro, António Trindade declarou a renúncia ao meio tempo enquanto vereador com funções, alegando que a sua decisão tem como fundamento o facto de estar contra o aumento de impostos municipais decorrentes da adesão da Câmara da Nazaré ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e pelo facto de não estar de acordo com o processo de concessão das Águas a uma empresa privada, defendido pelo presidente, Jorge Barroso.

Na sua intervenção recordou que «já na Assembleia Municipal de 30 de Abril de 2005, enquanto presidente de Junta de Freguesia da Nazaré, mandato 2001/2005, não votei favoravelmente a Adesão do Município às Águas do Oeste, por considerar que um bem público, como é a água, devia ser sempre explorado pelo município» e «no decorrer das eleições autárquicas de 2005, na qualidade de candidato à Câmara Municipal da Nazaré pelo Grupo de Cidadãos Independente (G.C.I)., manifestei a minha total oposição à exploração ou concessão das nossas águas a privados».

Mais disse que «nas eleições autárquicas de 2009, não constou nos programas eleitorais de qualquer força política, ou sequer, foi debatido em campanha, este assunto.» e que «os resultados da auscultação pública, os abaixo-assinados e intervenções públicas em reuniões de Câmara e Assembleias Municipais, demonstraram a recusa da população na concessão das águas a privados.»

Além disso, alegou que «depois de analisados os resultados das medidas aprovadas para aumentos dos tarifários que foram gravosas para todos os munícipes do concelho, particularmente num período de crise, onde as famílias mais carenciadas sentiram esses aumentos, seria aconselhável que a exploração destes serviços continuassem na gestão dos respectivos Serviços Municipais, pois os elevados investimentos realizados ao longo dos últimos anos pela Autarquia e Serviços Municipalizados, nas infra-estruturas, permite hoje “apresentar um grau de cobertura de cerca de 99,90% da sua população para o serviço de distribuição de água para consumo, e de cerca de 95,60% , para o serviço de recolha e tratamento de águas residuais”, o que torna possível garantir a médio/longo prazo o funcionamento normal destes equipamentos.» sem necessidade de concessionar a privados.

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