Na praça 25 de Abril, às 15 horas do passado dia 15, estariam cerca de 400 pessoas, algumas das quais decidiram contribuir com o seu testemunho e outras aproveitaram para falar sobre política, algo que foi condenado pelos próprios manifestantes, uma vez que aquele era um protesto apartidário.
A assembleia pública foi bastante emotiva para alguns, relatando e contribuindo com testemunhos sentidos e outros nem tanto, andando o microfone de mão em mão.
Cerca de uma hora e meia depois dos desabafos do povo, quem comandava o microfone pediu autorização à PSP para que as pessoas pudessem caminhar pela cidade, algo que decorreu da forma mais ordeira possível. Foi nessa altura que se viu mais gente a juntar-se. Parecia que por cada casa que se passasse mais pessoas se juntavam. Na Rua Heróis da Grande Guerra gritou-se: “Passos para a rua”, “o povo unido jamais será vencido”, entre outros cânticos.
A moldura humana desceu até à Rainha, onde parou o trânsito e subiu a Praça da República. Sempre em ritmo um pouco acelerado, a multidão passou pela ruas Almirante Cândido dos Reis e Miguel Bombarda, onde algumas pessoas sentadas confortavelmente na esplanada observaram o povo a protestar contra a austeridade. Rumo ao Hemiciclo João Paulo II a manifestação foi perdendo força até à Praça 25 de Abril, onde cerca de 300 pessoas cantaram o hino e se procedeu à desmobilização com uma salva de palmas, eram 17h30.
Caldas da Rainha foi assim uma das 40 localidades onde o povo saiu à rua contra a troika e as medidas do Governo, num protesto promovido pelas redes sociais. Nas Caldas viu-se muita gente ligada à esquerda nesta saída à rua e muito pouca gente de direita.
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