A grande alteração deste novo ano letivo prende-se com a criação de um “mega-agrupamento”, um termo que não agrada ao presidente do executivo camarário, Paulo Inácio.
O edil sustenta que se não se tivesse incluído as escolas de Pataias no agrupamento de Alcobaça, haveria uma grande probabilidade de os alunos do norte do concelho continuarem o ensino secundário nos concelhos vizinhos da Nazaré e Marinha Grande.
“Em anos letivos anteriores, a média de jovens de Pataias que ingressava no ensino secundário em Alcobaça não ultrapassava as cinco matrículas, mas com a fusão das escolas no mesmo agrupamento, o número subiu este ano para 30”, disse o autarca.
Gaspar Vaz, diretor da Escola Secundária Dona Inês de Castro em Alcobaça (ESDICA) e o presidente do maior agrupamento do concelho, tem as “melhores expetativas” para o novo ano escolar, apesar de reconhecer dificuldades na gestão de quase 4200 alunos.
Da parte dos professores de Pataias, o presidente do agrupamento nota uma “vontade grande em entrarem na dinâmica de ensino de Alcobaça”, o que o deixa ainda mais confiante sobre o funcionamento e articulação do agrupamento.
Quanto à colocação de professores, Gaspar Vaz constatou haver este ano uma diminuição, ao ponto das verbas para as remunerações terem descido cerca de 100 mil euros por mês.
Registou-se, também, uma diminuição dos funcionários não docentes, nomeadamente os administrativos, que foram colocados noutras escolas, tendo em conta que a gestão administrativa das escolas de Alcobaça e de Pataias passou a ser a mesma, não havendo, por isso, necessidade de tantos recursos humanos nesta área.
Em termos de novos estabelecimentos de ensino, no concelho de Alcobaça, a Escola Básica de Aljubarrota iniciou este ano letivo com a ampliação totalmente concluída, depois de cerca de ano e meio de obras. A escola até esteve para ser inaugurada pelo primeiro-ministro, que anunciou a sua vinda a Alcobaça, mas 24 horas depois desmarcou Passos Coelho o compromisso.
Questionado sobre se a autarquia irá realizar uma cerimónia inaugural, Paulo Inácio respondeu que isso “não é o mais importante”.
“O que verdadeiramente importa é que exista escolas em condições para alunos e professores e não uma festa de inauguração”, referiu o autarca.
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