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Sol e temperaturas elevadas fizeram o verão de 2012 inesquecível

JL

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O verão começou sob o signo da incerteza, por causa da quebra do poder de compra, do desemprego e das notícias da crise. Mas o bom tempo, o calor e as temperaturas do ar e da água fora do normal trouxeram gente, com pouco dinheiro, mas com espírito de férias.

O alojamento, o comércio e a restauração falam de um verão bom nos negócios, embora com quebra na margem de lucro.

Fernando Antunes, do restaurante Maresia, diz que o “agosto foi igual ao do ano passado, apesar do aumento do IVA e dos receios, da parte dos consumidores”. Portugueses, franceses, ingleses e espanhóis voltaram a ser os principais clientes da Nazaré, nesta altura do ano.

“O verão acabou por ter sido aceitável”, disse Fernando Antunes.

A mesma opinião tem Marco, da Taberna da Adélia outro restaurante vizinho, que diz que o verão “correu de maneira igual ao ano passado, o que é bom”, pois superou expectativas criadas de que este poderia ser um verão de fracasso.

Apesar das despesas terem aumentado, com o IVA a subir e os preços dos serviços a agravarem as faturas no final do mês, “o tempo e a quebra do poder de compra, que obrigou muitos a fazerem férias mais perto de casa, ajudou aos negócios”, disse o empresário, que notou menos espanhóis no verão 2012 na Nazaré, onde se viram “muitos portugueses e emigrantes”.

Já Mário Peixe, do restaurante com o mesmo nome, acha que o verão, que está quase no fim, “foi um bocado mais fraco, por culpa do mês de julho”, mas contrariando os piores receios, a segunda quinzena de agosto animou as registadoras e tudo por causa do “calor que é o código postal da Nazaré”, diz o empresário.

No Restaurante “A Moiteira”, Henrique Meneses, diz que o verão “não foi mau, atendendo às expectativas criadas, relacionadas com as dificuldades financeiras das pessoas”. Também este empresário refere que “o calor é fundamental para os negócios”.

Cristiana do Carmo, Restaurante “Bússola”, concorda. “Enquanto houver calor, a Nazaré trabalha bem”.

Habituada à azáfama do verão, a empresária nota que “a qualidade financeira dos que nos procuram caiu”.

“Os turistas que procuram a Nazaré têm menos poder de compra. As carteiras estão mais vazias e as pessoas fazem contas antes de pedirem. Ainda assim, trabalhou-se muito e bem”, conclui.

O verão também foi animado para as pastelarias, cafés e bares. Que o diga Ricardo Guincho, que diz que “correu bem, o verão. Há bom tempo, há negócio. Há chuva, não há negócio”.

O mesmo diz Pedro Piló, de outro estabelecimento de bebidas, que, em comparação com o ano passado, diz que o verão “foi bom, mas não tão forte como no passado”.

Agosto e primeiros dias de Setembro salvam alojamento particular

Estão por toda a parte à espera da chegada de turistas para oferecerem alojamento particular a “preços competitivos”.

Depois de um julho com o negócio fraco, as mulheres do alojamento particular esperaram a chegada de agosto para superarem o prejuízo, e ganharam a aposta. O bom tempo, o calor, as temperaturas fora do normal da água do mar da Nazaré, atraíram gente dos arredores, do país e do estrangeiro. Muitos ficaram duas noites, mas outros houve que esticaram os cordões às bolsas e ficaram mais tempo, a gozar o sol e os ares da praia da Nazaré.

Maria Adelina, ainda com a placa do aluguer de quartos na mão, e com um olho posto em quem passa, não vá passar mais um turista à procura de casa para passar férias, diz que “agosto superou as expectativas e que setembro tem estado a ser surpreendente”.

“Gente do norte, muitos franceses e ainda mais ingleses compensaram a fraqueza do mês de julho”, disse.

O mesmo pensamento ocorre a Orlanda Veríssimo. “Atendendo à crise, pensávamos que não vinha ninguém, mas foi o melhor ano da minha vida”.

“Nunca vi tanta gente na Nazaré”. Foi ótimo. Havendo sol e os preços mais baixos, há gente”, remata.

Hélia Morgadinho concorda, embora recorde que “no início, o verão foi fraco, mas correu bem, no final”.

O verão na praia está, ainda assim, diferente, diz Rosário Guincho.

“Antes, alugávamos por mais dias. Agora são estadias mais curtas, por uma ou duas noites. Mesmo assim, agosto compensou”, diz.

Para esta nazarena, “setembro também surpreendeu, e a primeira semana superou as de anos anteriores”.

Joaquina, que aluga quartos, concorda que “agosto foi muito bom. Foi um verão muito bom”.

Emigrantes e turistas animam comércio

Nas últimas semanas, as esplanadas encheram-se e as ruas preencheram-se de gente. Turistas e emigrantes aproveitaram algum do tempo das férias para passear pela Vila da Nazaré.

Apesar dos comerciantes com quem falámos admitirem que o aumento de movimento teve reflexos positivos nas vendas, há lojistas mais otimistas e satisfeitos do que outros.

Na “Sapataria Jardim”, estes meses de calor “foram mais fracos do que os do ano passado, por as pessoas terem menos dinheiro, mas a Nazaré encheu-se de gente, como sempre. Diminuiu a margem de lucro, mas as vendas mantiveram-se (volume)”, disse o gerente.

Já João José, da “Casa Litoral”, onde se vende artesanato, notou que “houve muita gente, mas com menor poder de compra, o que se reflectiu no volume de vendas, que acabaram por quebrar cerca de 30% ”.

Também com uma casa de artesanato, aberta desde 1971, em frente ao mar, José Joaquim Pires vê a redução das vendas e das margens de lucro explicada com o fluxo de turismo na Nazaré, que “tem vindo a sofrer uma deterioração há anos”.

Embora reconheça que se verificou forte movimento de pessoas neste verão, o comerciante diz que é a “ausência de poder de compra que se nota” nos que procuram a Nazaré para fazer férias, tanto nacionais como estrangeiros.

“Mas a Nazaré também não tem oferta para os turistas endinheirados”, remata.

Com outro tipo de artigo à venda, Maria Pescadinha, com uma loja de roupa de marca, instalada numa das principais avenidas da Nazaré (Av.

Vieira Guimarães – antiga rua da rodoviária), garante que o volume de pessoas, que se notou neste verão, não teve reflexo “nas vendas de agosto, que acabaram com os mesmos resultados obtidos no mesmo período do ano anterior”. Estimativas da empresária apontam para quebras na ordem dos 15% , nas vendas.

Na Gestus, outra loja de roupa de marca, situada na Marginal, o verão, não tendo sido excelente terminará com resultados comerciais “aceitáveis, atendendo à situação económica do pais e às finanças dos portugueses”.

“Não nos podemos queixar”, diz o gerente, indicando que “as vendas estiveram iguais às do ano passado”.

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