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Milhares nas celebrações da Solenidade de Nossa Senhora da Nazaré

João Polónia

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Oito séculos de devoção a Nossa Senhora da Nazaré foram vividos por milhares de cristãos, nas celebrações religiosas festivas do feriado municipal da Nazaré, no passado dia 8.

O padre David Palatino de Óbidos presidiu à Eucaristia solene, bênção do mar e procissão pelas ruas engalanadas do Sítio da Nazaré, acompanhado pelo prior e reitor José Luís Guerreiro e os padres António Fialho e Artur Rodrigues. Estas celebrações solenes contaram com participação dos pescadores locais, no contexto das celebrações do Dia do Homem do Mar.

O jovem presbítero ordenado recentemente pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, na sua homilia disse que a “devoção” do povo nazareno, “a fé e a confiança” que congregam na proteção maternal de Nossa Senhora vão “marcando e ajudando a consolidar a identidade deste povo da Nazaré, a identidade dos peregrinos que aqui acorrem confiando as suas vidas ao amparo da Virgem Mãe”.

“Hoje celebrar a Festa de Nossa Senhora da Nazaré é o convite a olharmos para Ela como modelo cristão e procurarmos também com o olhar de fé, a conversão da nossa vida, os nossos critérios e os nossos horizontes”, manifestou o padre David.

Segundo o sacerdote, a vila da Nazaré há-de ser “a escola” onde se vai aprendendo a escutar, a dar espaço para que Deus possa “habitar no silêncio orante” e o santuário há-de transportar “sempre esta fecundidade espiritual, que brota de uma proteção divina mais acentuada e mais visível, porque foi manifestação da ação de Deus, de uma forma privilegiada”.

Esta escola de espiritualidade que Nossa Senhora “tanto deseja instalar aqui na Nazaré” está marcada por três atitudes essenciais: “a humildade, a obediência e a escuta”, revelou o jovem presbítero afirmando que elas, devem ser propostas como “modelo de vida para todos os cristãos”.

Para o presidente da celebração eucarística, a tradição sempre foi vista naquele veado que D. Fuas Roupinho perseguia e caçava como a “imagem do mal”, que o queria precipitar naquela falésia abaixo. “E nós sabemos que, se evocarmos Nossa Senhora com fé, Ela livra-nos de nos perder na vida, Ela livra-nos de cairmos no mal, como livrou outrora a D. Fuas Roupinho, também Ela nos livra da morte eterna”, concluiu o padre David Palatino, reforçando que “só Ela é que nos pode manter por caminhos autênticos e verdadeiros que conduzem a Jesus”.

No final da procissão, o prior José Luís Guerreiro na qualidade de reitor do santuário dirigiu palavras de amizade e gratidão, às autoridades presentes, à mesa administrativa da Confraria pela promoção da celebração festiva, aos paroquianos que ornamentaram as ruas por onde passou a imagem da Senhora da Nazaré, e a todos os residentes do Sítio por deixarem “um sinal desta marca de devoção a Nossa Senhora”.

Em tom de desabafo, o padre José Luís manifestou a forte necessidade da comunidade paroquial ter “um prior da Nazaré e um reitor do santuário completamente separados”, à semelhança do que acontece no Brasil, exceto no que toca às numerosas vocações sacerdotais.

O sacerdote elogiou o exemplo do jovem David Palatino, que embora ordenado padre há dois meses vai assumir já a sua primeira experiencia pastoral como pároco de “paróquias difíceis”. Para o responsável eclesial, este facto histórico na Diocese deve-se “à sua capacidade, há confiança que o Patriarca D. José Policarpo deposita nele e pelo motivo de haver poucos padres”. O presbítero agradeceu a presença do jovem padre de Óbidos por ter aceitado o convite a presidir a esta solenidade, e reiterou os votos de “uma boa pastoral” para as suas novas paróquias.

O pároco de Pederneira-Nazaré transmitiu o impacto religioso do Santuário da Nazaré e a sua dimensão internacional, referindo que numa só semana tiveram a presença de mais de 2 mil peregrinos do norte do país, e que ao longo do ano está previsto a visita de um milhão de italianos. Segundo o responsável, estes acontecimentos revelam grande importância e sentido de responsabilidade, ideia ainda não solidificada pela população local.

Considerando o serviço de reitor do santuário como único e fundamental, o padre José Luís Guerreiro apela para que num futuro próximo, “esta missão seja destinta e assim se possa fazer o trabalho pastoral e de turismo religioso condigno na Nazaré”.

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