Espalhadas por locais estratégicas de chegada de pessoas à vila, e de tabuletas na mão, dezenas de nazarenas aguardam, agora, que o mês de agosto, altura em que chegam os emigrantes da Suíça ou da França, seja mais rentável.
É o caso de Isabel, na casa dos 60 anos, desde os 11 anos a alugar casas. “O negócio está muito mais fraco, porque a dimensão da vila aumentou para os extremos – Pederneira ou Sítio – mas também porque há casas a mais, disponíveis para o aluguer”, diz.
Os preços dos apartamentos variam, este ano, entre os 30 e 40 euros por dia, enquanto os dos quartos rondam os 20 a 25 euros por noite.
Mas apesar dos preços estarem mais baixos, em comparação a anos anteriores, o negócio não está a correr como se esperava. Lúcia Delgado, há mais de 20 anos no alojamento particular, acha que o verão deste ano “está mais fraco”. Com um T3 e um T4 para alugar, já tinha, no ano passado, por esta altura, o mês de agosto feito, mas, este ano, muitos dos habituais clientes “já telefonaram a dizer que não vêm”.
A contrastar, Ana Maria, há seis anos neste negócio, diz-se “satisfeita” com o negócio, e garante que, apesar do actual momento de dificuldades, a Nazaré é sempre muito procurada tanto por nacionais como por estrangeiros. Com três quartos para alugar, tem tudo cheio. Mas, como é tradição, espera que Agosto supere as suas perspectivas.
Hospedarias insatisfeitas com alojamento particular
Menos satisfeita com o alojamento particular, sobretudo com a imagem de mulheres com placas na mão atrás dos turistas que chegam, está Anabela Pereira, de uma Hospedaria localizada na Avenida Vieira Guimarães, que chega mesmo a responsabilizar aquele negócio pelo aumento das dificuldades de casas como a sua atravessam.
Para a empresária, o alojamento particular “estragou o turismo de qualidade da Nazaré”, ao ter afastado os “bons” turistas.
Na hospedaria, o negócio está “mau” e as perspectivas para agosto não são as mais animadoras, atendendo ao facto de existirem, até à data, poucas reservas.
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