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Compra de submarinos discutida nas Caldas

Marlene Sousa

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O processo de aquisição das atuais unidades da esquadrilha de submarinos no país foi discutido numa palestra que decorreu no auditório da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, no passado dia 21, organizada pelo Rotary Club das Caldas da Rainha.
Compra de submarinos discutida nas Caldas

“Os submaristas são merecedores do respeito e admiração de todos nós e por isso os responsáveis com capacidade de decisão na aquisição de plataformas em que operam, devem proporcionar-lhes os melhores meios, com altas e comprovadas condições de desempenho para ao exercício da arriscada atividade operacional em que estão envolvidos elementos fulcrais, para a garantia da soberania de Portugal”, disse o almirante Cavaleiro de Ferreira, ex-presidente do Programa de Aquisição dos Submarinos que foi o convidado da conferência intitulada “Zona Económica Exclusiva (ZEE) – Que vigilância?”.

Perante uma plateia de cerca de 30 pessoas o convidado falou mais de uma hora com base no seu artigo “Manutenção da Capacidade Submarina – Suas Vicissitudes e Consequências” publicado na Revista Militar. O autor fez uma análise do processo de aquisição das atuais unidades da esquadrilha de submarinos no país. A intervenção deste responsável suscitou um produtivo debate em torno da aquisição dos submarinos. Longe de estarem adormecidas para este assunto, as pessoas presentes mostraram-se interessadas em discutir este assunto e as suas consequentes repercussões nos bolsos dos contribuintes.

No início da palestra, Cavaleiro de Ferreira lembrou o seu querido amigo, o caldense Rogério Caiado, que faleceu há pouco tempo. O convidado, emocionado, destacou a ilustre figura do antigo elemento do Rotary Club das Caldas da Rainha, recordando que foi Rogério Caiado quem o convidou para fazer esta palestra. “É por homenagem a Rogério Caiado que eu aqui estou hoje”, disse o orador, que fez parte desde 2001 das várias comissões que estudaram o dossiê para a aquisição de submarinos e foi presidente do programa que aconselhou tecnicamente a compra, tendo participado em várias histórias muito interessantes sobre o tema da ZEE e a “inveja” que esta levanta junto de alguns países comunitários.

Cavaleiro de Ferreira considera importante que quando terminar o tempo de vida dos dois submarinos que constituem a 5ª Esquadrilha, “ou seja daqui a cerca de trinta anos, aqueles que forem chamados a decidir no processo de novas aquisições disponham da adequada informação e de um conjunto de elementos que lhes permitam evitar os erros que agora foram cometidos”. “Há que ter sempre presente que o submarino, pelo secretismo e natureza das suas operações, está normalmente envolvido numa auréola de mistério quase inacessível ao comum dos cidadãos. Sabe-se que existe, não onde se encontra”, referiu o autor, acrescentando que “talvez por isso esta capacidade submarina é tão mal reconhecida, por vezes mesmo incompreendida, pelos nossos responsáveis políticos quanto à alta prioridade que tem de ser dada à sua existência, sustentação e continuidade na armada”.

Mesmo em tempo de crise financeira, Cavaleiro de Ferreira considera que deve ser dada “elevada prioridade à afirmação da soberania e jurisdição sobre os espaços marítimos nacionais que gozam desses estatutos, dispondo dos meios adequados e necessários a assegurar a proteção da extensíssima plataforma continental, da zona económica exclusiva da zona contígua, do mar territorial e das águas interiores através de uma vigilância eficaz nas quatro dimensões-espacial, submarina, aérea e de superfície”.

“Economizar recursos da mais diversa natureza, evitando a ocorrência de alterações aos programas de aquisições de armamento em curso e estabelecendo precedências para o reapetrechamento das Forças Armadas no âmbito das nossas reais possibilidades. No caso da armada, a título de exemplo: submarinos, navios-patrulhas, lanchas de fiscalização, navio de apoio logístico e fragatas”, apontou o orador.

Segundo o ex-presidente do Programa de Aquisição dos Submarinos, “levaram-se dezasseis anos para construir a nova esquadrilha de submarinos. Perdeu-se tempo e encareceu-se desnecessariamente o custo da aquisição destes meios com as consequentes repercussões nos bolsos dos contribuintes”. “A fórmula encontrada para tentar contrariar este facto, mutilando ao longo do processo o número de unidades a construir não foi nada feliz”, afirmou Cavaleiro de Ferreira, acrescentando que “não há que ter receio de adjudicações, mesmo a empresas estrangeiras com recurso à figura do ajuste direto, uma vez que o que está em causa são meios essenciais à segurança nacional”.

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