Arqueólogo e islamista, responsável pelo desenvolvimento do Campo Arqueológico de Mértola e pela investigação que tem trazido à luz a importância daquela vila durante o período de ocupação islâmica, através de estudos que lhe valeram o reconhecimento nacional e internacional com a atribuição do “Prémio Pessoa” (1991) e “Prémio Rómulo de Carvalho” (2001), Cláudio Torres falou da importância da história que se constrói a partir do trabalho desenvolvido por esta área de investigação.
Segundo o investigado: “A cerâmica é o que fica dos tempos mais antigos, e que dá uma história diferente, habitualmente oposta, à história escrita, e que fala dos nunca tiveram história”. Reconhecido pelo trabalho desenvolvido na valorização do passado islâmico de Portugal, Cláudio Torres abordou, também, a ligação entre a islamização e o mediterrâneo.
“É evidente que onde há mediterrâneo há também islamização”, razão pela qual, encontramos “o norte do granito, o norte húmido, o norte da pequena propriedade, ligado a um certo tipo de civilização”. “Arqueologia e Islamismo” foi a segunda sessão do ciclo de conferências dedicadas à “Arte e ao Património”, estando agendada a próxima conferência na Nazaré, deste ciclo de formação de professores, para o dia 12 de setembro, que trará à BMN o investigador Galopim de Carvalho com o tema “Arte e Natureza”.
Estas conferências, incluídas no plano de formação contínua de professores, mas abertas à população em geral, são organizadas pelo Centro de Formação da Associação de Escolas dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré, Câmara Municipal da Nazaré, Câmara Municipal de Alcobaça e Externato Cooperativo da Benedita.
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