Nos dias que correm colossais e inevitáveis, com as teletelas faiscantes inundadas de personagens deformadas e fugidias, entre inúmeros feiticeiros e malabaristas, é útil captar certos instantes da vida animal: as metamorfoses, a dança dos girinos, o largar de pele das serpentes, o começo da hibernação dos ursos, etc. Pois é nesses cruciais momentos que se capta o sentido profundo do mundo e das coisas, mesmo sem que tais personagem percebam e que, lá no fundo, não consigam ver que existem na natureza hierarquias: todos os animais da quinta fazem falta, porém há sempre uns que fazem mais falta do que outros. É pois neste cenário histriónico, pululante de gazelas que se entrechocam atarantadas, de chipanzés que se masturbam oblíquos até ao limite das suas forças, e de leões que mansamente espreitam a hora do repasto, que o antropólogo revê aquela parte dos manuais que trata da dinâmica da linguagem. Não há – ensinaram-lhe – melhor astrolábio do que esse: ver como as palavras se modificam e transfiguram, como os termos se hibridizam, desaparecem e reaparecem sob inesperadas formas e significados.
Viver é estar morto!
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