Paulo Alexandre O Tribunal de Alcobaça condenou, no passado dia 21, Alcino Cabral, o homem que em Abril de 2010 matou o filho de cinco meses, a 25 anos de prisão. Já a mulher foi condenada a dois anos, com pena suspensa, por crime de violência de doméstica por omissão. Segundo o procurador-adjunto, “ficou provado em tribunal” que Alcino Cabral, 23 anos, “descarregou os seus instintos no corpo” do filho David, de cinco meses, apenas porque, “tal como todos os bebés chorava muito e não deixaria o pai dormir durante a noite”.
Na leitura do acórdão, o juiz disse que “matar alguém com as próprias mãos é o cúmulo da violência, um acto selvático e cruel”. Acrescentou ainda que Alcino “mostrou distanciamento emocional dos factos e não vislumbrou o mínimo arrependimento. A morte do filho não lhe causou qualquer emoção”. A mulher, Carla, foi condenada a dois anos e seis meses de prisão, pelo crime de violência doméstica por omissão, pena que fica suspensa por igual período.
No despacho de acusação, o Ministério Público refere que a 5 de Abril de 2010, o menor ficou aos cuidados do pai e, “cerca das 10 horas da manhã, sem qualquer razão que o justificasse, o arguido desferiu sucessivos murros e pontapés na cabeça e por todo o corpo do menor”, cujas lesões, internas e externas, foram causa da sua
morte.
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