Tânia Rocha A última reunião de Câmara ficou marcada pela contestação de um munícipe, André Filipe, em relação aos preços praticados no “Stella Maris”, que está a prejudicar todos os comerciantes na vila, por não conseguirem praticar os mesmos preços em vigor no “Stella Maris”. Em resposta, Jorge Barroso disse que os preçários vão ser alterados no próximo ano. André Filipe começou a sua intervenção afirmando que “abriu uma casa que está a rebentar com todas à volta dela”. Referia-se à concorrência desleal do “Stella Maris”, uma vez que os preços das bebidas são muito baixos em relação aos preços praticados noutros estabelecimentos comerciais. André Filipe enumerou as despesas que todos os comerciantes têm, inevitavelmente, por ter um estabelecimento aberto, o que não acontece com o café/bar do “Stella Maris”, uma vez que o espaço está inserido no projecto “Âncora”, de carácter social, e tem como fundamento ser um espaço recreativo e cultural, direccionado, essencialmente, aos pescadores.
O munícipe realçou o preço de algumas bebidas lá comercializada, como uma dose de “uísque a 50 cêntimos” ou uma “água das pedras a 60 cêntimos”, e afirmou que a manter-se a situação, “os outros morrem afogados”. Por se tratar de uma “situação grave”, André Filipe pediu a intervenção da Câmara para mudar este cenário. Depois da exposição deste munícipe, Jorge Barroso disse que foi informado que os preços não são os mencionados por André Filipe, mas garantiu que “os preços vão ser mudados no início do próximo ano”. O presidente ainda disse que “para haver apoio tem de haver algum equilíbrio”, mas também salientou que o “Stella Maris” “não pode ser encarado como um estabelecimento comercial de lucro”, uma vez que é encarado como “um centro de refúgio para os pescadores em terra”. O projecto “Âncora” foi desenvolvido pela Câmara Municipal da Nazaré em parceria com a Paróquia da Pederneira, o ano passado, com o objectivo “de desenvolver um conjunto integrado de acções de apoio à comunidade piscatória”.
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