Centro Social de Famalicão Tânia Rocha O pagamento da dívida da Câmara Municipal da Nazaré ao Centro Social da Freguesia de Famalicão, que ronda os 130 mil euros, caiu esta segunda-feira, dia 6 de Dezembro, na conta bancária da instituição. O acordo para a liquidação da dívida já tinha sido assinado entre as duas entidades (Câmara e CSFF) e a instituição bancária, Banco Santander Totta, e o pagamento também já tinha sido autorizado, mas só anteontem foi creditado. A dívida acumulada pela Câmara Municipal da Nazaré, desde Fevereiro de 2009, dizia respeito às cerca de 100 refeições diárias das crianças das Escolas Básicas e Jardim de Infância da freguesia de Famalicão, que fazem parte dos serviços prestados e protocolados desta entidade com a Câmara Municipal da Nazaré.
O atraso no pagamento fez com que a instituição atravessasse um período iminente de “colapso financeiro”, que a obrigou a expor a situação publicamente, na esperança de sanar o problema, após várias tentativas falhadas da direcção da instituição em resolver o problema junto da autarquia. Como consequência, a instituição tem contribuições em atraso à Segurança Social e alargou os prazos de pagamento a alguns fornecedores, o que originou “a interrupção nos fornecimentos”. Ainda temeu a possibilidade de não conseguir pagar os salários e o subsídio de Natal aos seus colaboradores, preocupações que agora a instituição vê resolvidas, uma vez que, como o pagamento da dívida já foi concretizado, o Centro Social já tem capacidade financeira para cumprir com as suas obrigações. Segundo nos informou Manuela Lopes, o acordo bancário foi feito através de “factoring”. Como tal, se a autarquia não cumprir com as suas obrigações, pode ser o Centro Social a ter de pagar a dívida ao banco. “No futuro, caso a Câmara não cumpra, vamos ver se não vai sobrar para nós”, disse a directora da instituição, acrescentando ainda que “temos de correr esse risco, não há outra solução. Se não for assim não recebemos”. Uma das consequências de toda a polémica que o assunto gerou quando foi tornado público, há cerca de um mês, foi o facto de ficar no ar a possibilidade de acabar o protocolo entre a CMN e o CSFF, uma vez que o presidente Jorge Barroso admitiu a hipótese de, no futuro, ser a autarquia a fornecer directamente as refeições às crianças.
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