Paulo Alexandre Jorge Esteves de Carvalho, presidente da Comissão Política do CDS de Alcobaça, diz que o Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça não fala verdade aos alcobacenses ou, então, “revela iliteracia” quando fala de contas. O atraso no pagamento aos fornecedores do Município, actualmente nos 226 dias, que Paulo Inácio atribuiu à introdução de uma “nova fórmula de cálculo desses atrasos” por parte de organismos da Administração Central, levantou desconfianças ao CDS.
O presidente da Comissão Política do CDSPP de Alcobaça pediu informações à Direcção Geral da Administração Local sobre o Prazo Médio de Pagamentos do Município de Alcobaça, e garante que o «parecer solicitado a esta Direcção-Geral, vem demonstrar que não há qualquer veracidade no que diz o Senhor Presidente da Câmara».
Jorge Esteves de Carvalho justificou a troca de informações com a DGAL com o facto de «os alcobacenses merecerem todo o respeito do CDS-PP» mas também para que não restem «quaisquer tipos de dúvidas quanto a quem fala a verdade» sobre esta matéria.
Para o CDS-PP os atrasos nos pagamentos médios do município de Alcobaça estão relacionados com “péssimos actos de gestão” do executivo do PSD e não com a alteração à Lei. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Inácio, reagiu e acusou o
CDS-PP de não saber do que fala. A Direcção-Geral das Autarquias Locais publicou no final de Setembro de 2010, a Lista de Municípios com Prazo Médio de Pagamento Superior a 90 Dias no final do 2º Trimestre de 2010. Das 161 autarquias que ultrapassavam o prazo, o Município de Alcobaça surge como o 39º concelho do País que mais atrasa os pagamentos aos seus fornecedores, actualmente nos oito meses. O CDSPP afirma que “em seis meses de funções, o executivo liderado por Paulo Inácio aumentou em 87% o atraso no pagamento aos seus fornecedores”, apesar do empréstimo de 2 milhões de euros que a Autarquia contraiu para corrigir a situação.
Paulo Inácio veio, entretanto, explicar que a introdução de acordos de pagamento esteve na origem da alteração do prazo médio de pagamento da Câmara Municipal de Alcobaça aos fornecedores. A autarquia garante, assim, que o aumento do prazo de pagamento aos fornecedores se deve a uma alteração da “metodologia de contagem por parte da DGAL” – Direcção Geral das Autarquias Locais. “Os números apresentados no início de 2010, 120 dias, não tinham em conta os acordos de pagamento, efectuados no passado”, o que actualmente já não acontece, fase à nova metodologia de cálculo, explicou a Câmara. Em 2009, o prazo médio de Alcobaça superava os “300”, se contabilizados os acordos de pagamento. O executivo reafirma que conseguiu reduzir os prazos médios, facto que não se altera mesmo com a mudança, pelo meio, das regras de contagem do número de dias que os municípios demoram a pagar aos fornecedores.
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