Tânia Rocha A Associação de Defesa da Nazaré manifestou publicamente, na passada semana, em comunicado, a sua posição contra a possível instalação do Centro de Talassoterapia na zona sul do areal da Nazaré, onde está instalado, actualmente, o Barra Bar. Esta entidade é favorável à existência deste equipamento, mas está contra a sua localização. Como tal, intitulou o documento da seguinte forma: “Talassoterapia em cima da praia? Não!”.
No comunicado, a ADN refere que “a localização perspectivada, em cima do areal, significaria o agravamento de um atentado urbanístico e ambiental, criado com a edificação do Barra Restaurante Bar”, e que, ao ser implementado o Centro de Talassoterapia, “se traduziria no aumento do betão e da carga construtiva em pleno areal da Praia da Nazaré”. Ainda acrescenta que “tal iniciativa iria ao arrepio dos instrumentos de ordenamento do território em vigor (em especial, do Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Alcobaça-Mafra), e constituiria uma apropriação privada e com carácter permanente, de uma área do domínio público marítimo (a praia) que, por inerência, deve ser de fruição pública”. Apesar de a ADN defender a criação deste equipamento da Nazaré, afirmando-se como uma “das primeiras entidades a defender a criação de um centro de talassoterapia na Nazaré, como forma de recuperar a tradição dos “banhos quentes” adaptada às novas exigências do turismo de saúde”, realça a sua oposição no local sugerido. A Associação refere que apresentou esta ideia, não só na 2ª edição das Jornadas para o Desenvolvimento, realizadas em 2003, como também em vários artigos de opinião. Esta associação da Nazaré ainda refere que “não se entende o parecer prévio favorável da Câmara”, uma vez que a área em causa está sob a jurisdição do IPTM, e salienta também que a autarquia “não deve continuar a utilizar o argumento de que estas iniciativas são geradoras de emprego e desenvolvimentistas como se argumentação semelhante não tivesse já originado políticas de verdadeiros atentados urbanísticos”. O parecer prévio favorável da autarquia foi aprovado na reunião do executivo camarário do dia 18 de Outubro.
0 Comentários