Greve convocada pelo STAL Tânia Rocha O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) convocou uma greve nacional, da administração local, para o passado dia 20 de Setembro, pela luta da “progressão profissional com 5 anos de bom” e pela integração dos contratados. De acordo com o STAL, na Câmara da Nazaré a adesão foi de 60% , balanço “mais que positivo”, segundo as informações do dirigente nacional Sérgio Januário. Além da paralisação, os sindicalistas foram, também, reivindicar à reunião de Câmara o pagamento da opção gestionária, que ainda está pendente devido a um parecer que a DGAL enviou para a Câmara da Nazaré sobre esta questão, alertando para algumas ilegalidades. De acordo com as informações do STAL, “os trabalhadores da Câmara e Serviços Municipalizados da Nazaré estão em luta pela exigência do pagamento da opção gestionária”. Referem que esta medida, apesar de já ter sido aprovada em reunião de Câmara, ainda não foi concretizada, motivo que leva os trabalhadores a se sentirem “discriminados em relação aos trabalhadores das Câmaras do distrito de Leiria a quem lhes foi reconhecido o direito da progressão de uma posição remuneratória por opção gestionária”.
Os sindicalistas questionaram publicamente, mais uma vez, o presidente da autarquia, Jorge Barroso, sobre esta questão, e voltaram a suplicar por uma reunião com o chefe do executivo para esclarecer estas questões. “Já pedimos três reuniões ao Município e ao senhor presidente. Lamentamos ter de vir aqui expor a situação. Queremos resolver os assuntos e não prejudicar a Câmara”, disse Sérgio Januário. José Romaneiro, também dirigente nacional do STAL, afirmou que apesar de o presidente dizer que a autarquia iria proceder ao pagamento em Maio, até ao momento, “os trabalhadores não viram essa pretensão conseguida”. Em resposta, Jorge Barroso confirmou que assumiu que o pagamento da opção gestionária aos trabalhadores iria ser concretizado nesse mês, mas também referiu a importância do documento da DGAL, que alerta para algumas ilegalidades. “Também é verdade que recebo indicações que não é tão legal quanto isso. Há uma questão fundamental que é a legalidade da situação. Para mim, a situação não está clara”. O presidente ainda disse não conseguir “dar resposta a todas as solicitações de reunião” que lhe são dirigidas. José Romaneiro rematou, afirmando que “a Direcção está a interferir na Administração Local e que há uma independência do poder local que deve ser mantida”, ao passo que Sérgio Januário disse que “o parecer da Associação Nacional de Município dá-nos razão”, contrariando, assim, o parecer da DGAL. Caso a situação não seja resolvida a curto prazo, o STAL promete equacionar “as mais diversas formas de luta até que o presidente e o executivo da autarquia entendam que estão a cometer um grave erro ao negar aos seus trabalhadores um direito que constitui a mais elementar justiça”. A Câmara Municipal só irá proceder ao pagamento da opção gestionária depois de toda a situação estar devidamente esclarecida quanto à legalidade do processo, cumprindo, só nessa altura, a deliberação que o executivo já tomou.
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